Cap 11

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Dan

Estávamos desesperados, com fome e com frio e cansados. Luiza e Yasmin estão se estranhando. Luiza não olha na cara de Yasmin e Yasmin não troca uma palavra com ela, e olha que Luiza já tentou.

Fui até Yasmin e segurei sua mão.

-Ei, ouvimos os barulhos. Sabemos que fez o que foi preciso, eles subiriam na árvore de qualquer jeito.-Disse e olhei para Luiza.- Mas você sabe que ela não gosta que tenha sangue nas suas mãos. Se forem inocentes?

-Eu entendo, sei disso, mas eles não eram inocentes, eram capangas do Ponte, eu tenho certeza.- ela disse, com lágrimas nos olhos- só queria que tudo isso acabasse e eu voltasse pra minha vida. Que cada um de nós voltasse pra suas próprias vidas.

-Tudo isso vai acabar, mas não quero voltar pra minha vida sem vocês.- Disse e abracei ela.- Fala com a Luiza... Vocês duas não combinam assim.

-Tudo bem. Eu tento falar com ela.

Ela disse e se afastou, foi até a Luiza. Queria saber o que conversaram.

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Yas

-Luh...-Fui até ela e segurei sua mão.- Eu quero conversar.

-Hum, pode dizer.- ela disse, olhando para o chão.

-Eu não deveria falar com você daquele jeito, me desculpa.- comecei a dizer.- Quero que saiba que aquelas pessoas não são inocentes, não estavam loucas, eram mandados do Ponte. Sei que pra você parece sem sentido eu ter atirado nelas, não as matei. Não quero ficar brigada com você, não quero me estranhar com você de novo. Você sabe o quanto você é importante pra mim e eu tenho medo de...-Luiza me parou.

- Eu sei que quer nos proteger, também quero proteger vocês. Quero proteger você. Eu quero que isso acabe e que possamos nos juntar em uma sexta a noite para beber ice e comer batata frita em um bar duvidoso. Também tenho medo de perder vocês.

-Eu também espero que acabe e possamos tomar uma ice. Lilian iria ficar muito feliz.

Luiza me abraçou e eu a abracei de volta.

-Acho que eu precisava muito desse abraço seu.

-Eu sei que precisava. Você fica muito ranzinza sem carinho.- ela diz, em forma de piada.

-Ok.- soltei ela.- Vamos, temos que roubar um carro e eu não sei fazer ligação direta.

-De novo?Da primeira vez foi legal, agora não sei nem como se liga um carro normalmente.- ela disse e suspirou.

-É ué, e como acha que vamos chegar até o quartel policial mais próximo?-Eu disse com tom de deboche.

-Caralho, vou fazer prova pra polícia também.

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