Capítulo treze

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Tom's Pov

Abro meus olhos devagar, tudo doía. A primeira coisa que vejo é Kit me encarando como um psicopata. Levei um susto tão grande que involuntariamente me desequilibrou, me fazendo cair da cama.

Que porra é essa? — Que dor do inferno. O impacto piorou tudo.

Você finalmente acordou. Como está se sentindo? — Ele perguntou, ainda me encarando de um jeito esquisito.

Qual é seu problema? — Perguntei.

Meu Deus. — Ele riu — Já disse, esquizofrenia.

Que seja. — Cara esquisito do caralho.

Você deveria ir ao refeitório tomar café da manhã comigo. Podemos ir como melhores amigos. — Ele parecia ansioso.

Não. — Falei ríspido.

Ah... então tá bom. — O vejo sair pela porta, mas logo penso numa oportunidade de conhecer mais o lugar para planejar uma possível fuga.

Ei, psiu! — O vejo voltar quase que no mesmo instante.

Oi, amigo. — Antes de usá-lo eu deveria ao menos lembrar seu nome, né?

Qual é seu nome mesmo? — O vejo sorrir com minha pergunta.

Kit, kit, bo bit, banana fana, fo fit, fee fy, mo mit
Kit! E o seu? — Ele me responde com uma canção, o continuo encarando, sem saber o que responder.

Tom... Enfim, Kit, me leve ao refeitório com você! — Levanto com dificuldade e acompanho Kit enquanto observo todo o lugar.

Chegamos ao refeitório, o cheiro de comida podre já exalava longe, sigo Kit que logo se sentou numa mesa que havia outros dois caras.

Sai daqui Kit, caralho! — Ouço um deles dizer.

Vai encher o saco de outro, porra! — O outro completou.

Esse é meu novo amigo, Tom! — Kit disse e os dois me olham de cima a baixo.

Fala aí. — Estendo a mão como uma forma de ser educado e percebo os dois hesitando em apertar.

Sou Georg, e esse é o Gustav, sente aí! — Logo aperta minha mão, me dando uma abertura de me sentar com eles.

Então, Tom né? — Assinto. — O que te traz aqui? — Gustav me pergunta, enquanto Georg me observa desconfiado.

Acho que foi uma moça que deixou ele doidinho, hoje enquanto dormia não parava de falar sobre uma tal de "Olívia". — Kit, seu filho da puta!

Perdeu a linha por boceta, mano? — Georg disse fazendo com que todos caíssem na gargalhada, menos eu.

Não conheço nenhuma Olívia, deve estar enganado, Kit. — Disse ríspido.

Oh, não! Eu ouvi muito bem. Você dizia "Por que fez isso Olívia? Por que?" — Que vontade de matá-lo, caralho!

Georg, eu aposto 20 euros que Tom foi corno! — Gustav disse.

E eu aposto 40 que foi com o melhor amigo dele! — Desgraçados.

Isso nunca aconteceu, e você — aponto para Kit — não sabe o que fala, caralho! cala a boca.

Está bem, está bem. Se você diz. — Kit levanta as mãos como forma de redenção, enquanto Georg e Gustav trocam olhares disfarçando o riso.

E vocês, estão aqui por que? — Pergunto para Georg e Gustav, enquanto tentava disfarçar o desconforto que senti por ouvir o nome dessa filha da puta.

The Hell On Earth - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora