Capítulo vinte e quatro

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Tom's Pov

Eu havia estudado cada detalhe daquele hospital psiquiátrico antes do resgate. Eu descobri que havia uma brecha temporária nas rotinas dos funcionários durante uma reforma na ala leste, pelo acidente que eu mesmo causei. Sabia que a chave para o sucesso estava na precisão e na execução perfeita, com a ajuda de Bill, um mestre na arte da discrição, traçamos um plano meticuloso.

Estávamos equipados com uniformes de construção, conseguimos acesso à área de reforma. Enquanto nos misturávamos com os trabalhadores, eu examinava discretamente os procedimentos de segurança, identificando pontos fracos.

Bill distraiu a equipe de segurança, contando uma história convincente sobre uma emergência no setor oposto do hospital. Enquanto isso, eu, que particularmente sou habilidoso em evitar câmeras de segurança, me infiltrei nos corredores internos.

Enquanto passava pelas salas, me deparei com enfermeiros e médicos atarefados. Mantendo minha frieza, evitei olhares curiosos e segui em direção ao que realmente vim fazer.

Eu passava por pacientes vagando pelos corredores, alguns murmurando para si mesmos, outros olhando-os com olhos vazios e perdidos. 

Percebi que Georg, Gustav e Kit estavam em uma ala isolada, e meu silêncio habitual foi quebrado quando Bill murmurou. — Tom, eles pensam que você está morto. Alguma explicação?

Sem tempo agora. — Respondo.

Manobramos pelos corredores, evitando câmeras e funcionários curiosos. As portas rangiam enquanto eu abria caminho para a ala restrita. Georg olhou incrédulo e Gustav soltou um suspiro de alívio.

Tom, pensamos que você tinha ido embora para sempre. — Georg começou, hesitante.

A explicação virá, mas agora, movam-se. — Murmurei, guiando-os pelo labirinto do hospital.

Chegamos a um momento crítico quando um enfermeiro bloqueou nosso caminho. — O que vocês estão fazendo aqui?

Com calma, manipulei a situação, mostrando um total de cinco mil euros em meus bolsos. — Mudança de plano de tratamento. Precisamos de acesso agora. — O enfermeiro, confuso, cedeu e eu entreguei o dinheiro em suas mãos.

Enquanto continuávamos, Kit, quebrou o silêncio. — Achei que você tinha me abandonado.

Respirei fundo antes de responder. — Foi necessário, mas estou aqui agora, né? Vamos logo, pare de falar.

O que está acontecendo aqui? — Um guarda nos parou logo quando estávamos tão perto de sair.

Emergência médica na ala. Precisamos evacuar agora. — Bill respondeu rápido, com sua persuasão habilmente costurada.

O guarda, cético, verificou as informações enquanto eu sentia a adrenalina correndo. A confirmação chegou, e o sprint final para a liberdade começou.

Finalmente conseguimos sair pelos fundos, sem ao menos deixar rastros, fomos correndo até o carro de Bill que já estava preparado para fuga.

Enquanto já estávamos em alta velocidade dentro do carro, e longe do hospital, senti o peso da responsabilidade pesando em meus ombros. Os três homens olhavam para mim, esperando uma explicação para minha "morte" e subsequente ressurgimento.

Tom, o que está acontecendo? Por que você sumiu? — Gustav questionou, sua expressão uma mistura de confusão e preocupação.

Respirei fundo antes de explicar — Precisei desaparecer rapidamente para salvar Olivia. Ela está em perigo, e precisamos da ajuda de vocês.

Olivia? A mesma Olivia que você sempre chamou de vagabunda? — Georg arqueou uma sobrancelha, trocando olhares com os outros.

Sim, a mesma. Ela pode ser complicada, mas é importante para mim. — Balancei a cabeça, um suspiro escapando de meus lábios.

The Hell On Earth - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora