Capítulo vinte e oito

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Olivia's Pov:

Com um propósito claro em mente, seguimos em direção ao local onde o helicóptero estava estacionado. Cada passo é tomado com cautela, conscientes dos riscos envolvidos em nosso plano audacioso.

Enquanto avançamos, o coração bate mais rápido com a excitação e a ansiedade do que está por vir. Eu e Tom trocamos olhares furtivos, compartilhando a vontade e o desejo de sucesso.

O helicóptero estava estacionado em um terreno aberto, banhado pela luz prateada da lua que se erguia majestosa no céu noturno. As sombras dançavam ao redor da aeronave, criando uma atmosfera misteriosa.

Com passos cautelosos e silenciosos, nos aproximamos do helicóptero. Cada movimento é calculado, conscientes de que qualquer som poderia atrair atenção indesejada.

Está tudo tranquilo por aqui? — Pergunto a Tom, mantendo minha voz baixa para não chamar a atenção.

Sim, parece que não há ninguém por perto. — Responde Tom, com seus olhos fixos na aeronave à frente.

Ok, pessoal, parece que chegou a hora. — Murmura Bill, tentando parecer sério, mas falhando quando tropeça em uma pedra no caminho.

Gustav e Georg trocam olhares e suprimem risos.

Você tem certeza de que sabe como pilotar isso, Olívia? — Pergunta Georg, com uma pitada de ansiedade em sua voz.

Claro que sim! Eu assisti a alguns tutoriais no YouTube. — Brinco vendo todos me olharem assustados.

Ótimo, então estamos totalmente seguros. — Murmura Gustav, com um sorriso irônico.

Ok, pessoal. — Começo, tentando manter minha voz firme, — Eu estava brincando. Na verdade, eu sei pilotar. Aprendi com um amigo piloto há alguns anos.

Observo a expressão de alívio se espalhar pelos rostos de Bill, Gustav e Georg, e um sorriso involuntário surge em meus lábios. É um alívio saber que posso trazer um pouco de confiança para nossa situação.

Porra, que alívio! — Exclama Bill, parecendo genuinamente grato pela revelação.

Com um tapinha reconfortante no meu ombro, Georg murmura — Você nos deu um susto.

Nos aproximamos do helicóptero e com cuidado subimos a bordo. A escotilha se abre com um rangido suave, revelando o interior da máquina.

Tom é o primeiro a entrar, seguido por Bill, Gustav e Georg. O interior do helicóptero é apertado, mas estamos tão focados em nossa fuga iminente que mal percebemos.

Encontramos nossos assentos e nos acomodamos da melhor forma possível, cada um de nós ocupando nosso lugar designado. Olho ao redor e vejo a mistura de nervosismo e excitação estampada nos rostos de meus companheiros de fuga.

Com um último olhar para o horizonte escuro, sinto um arrepio de antecipação percorrer minha espinha. Estamos prestes a embarcar em uma jornada que mudará nossas vidas para sempre.

Com as mãos tremendo ligeiramente, eu me inclino sobre o painel de controle do, me concentrando intensamente enquanto ligo o motor. O som do motor ronronando à vida é um alívio bem-vindo, mas também um lembrete das enormes consequências de nossas escolhas.

Enquanto as luzes do cockpit se acendem, iluminando o espaço ao nosso redor, um sentimento de urgência se apodera de mim. Lá fora, ouvimos os passos rápidos e os murmúrios crescentes daqueles que estão se aproximando.

Estamos ficando sem tempo! — Eu aviso, com minha voz ecoando na cabine.

As luzes do local se acendem subitamente, iluminando a cena ao nosso redor. Vejo silhuetas se movendo rapidamente em nossa direção, e meu coração acelera em resposta ao perigo iminente.

Encaro o painel de controle e aumento o motor do helicóptero. Sinto o peso da responsabilidade sobre meus ombros, mas sei que não há tempo para hesitar.

Vamos decolar agora! — Eu grito, impulsionada pela urgência da situação.

Com um solavanco suave, o helicóptero começa a se elevar do chão, escapando por pouco dos perigos que nos cercam. Enquanto subimos para o céu noturno, uma mistura de alívio e excitação se apodera de mim.

Estamos finalmente escapando, deixando para trás os perigos que nos assombraram por tanto tempo. Com um sorriso de triunfo, olho ao meu redor, grata por nossa coragem. Estamos livres, pelo menos por enquanto.

Tom, vem ver a paisagem lá fora! — Eu digo, animada, apontando para as luzes da cidade que começam a ficar para trás enquanto voamos para longe.

Tom se vira, com um brilho de curiosidade em seus olhos. Ele se levanta e se junta a mim, olhando para baixo enquanto o mundo passa rapidamente sob nós.

É incrível, não é? — Eu comento, emocionada com a beleza da vista diante de nós.

Enquanto olha para a paisagem abaixo, Tom fica em silêncio por um momento, observando as luzes distantes que se espalham pelo horizonte. Então, ele aponta para baixo, para o cenário que passa rapidamente sob nós, e sorri suavemente.

Olívia. — Ele começa, com sua voz suave. — Um dia, quando tudo isso estiver para trás, eu vou te pedir em casamento bem aqui, neste exato lugar.

Meu coração dá um salto de surpresa e alegria diante de suas palavras.

Você está falando sério? — Eu pergunto, mal conseguindo conter minha emoção.

Em vez de responder com palavras, Tom apenas sorri para mim, um sorriso gentil e reconfortante que aquece meu coração. É como se suas palavras fossem desnecessárias; seu sorriso diz tudo.

Com um aceno de cabeça, ele volta ao seu lugar, deixando-me com a sensação reconfortante de que suas palavras eram sinceras e vindas do coração.

O silêncio reconfortante é interrompido pela voz de Gustav, que quebra a tranquilidade da cabine com sua pergunta direta.

Então, afinal, para onde estamos indo? — Ele pergunta, sua voz trazendo consigo uma mistura de curiosidade e ansiedade.

Estamos indo para a Áustria. — Respondo.

Áustria, hein? — Comenta Georg, parecendo intrigado. — Nunca estive lá antes.

Será uma nova experiência para todos nós. — Respondo, tentando manter um tom otimista. — Mas tenho certeza de que encontraremos o que precisamos lá.

À medida que nos aproximamos da Áustria, sinto uma mistura de nervosismo e excitação borbulhando dentro de mim. Meus dedos dançam sobre os controles do helicóptero, guiando-nos habilmente em direção ao nosso destino.

Observo atentamente a paisagem abaixo enquanto nos aproximamos do solo austríaco. As montanhas alpinas surgem diante de nós, majestosas e imponentes, criando um cenário deslumbrante que me tira o fôlego.

Conforme o helicóptero se aproxima do solo, percebo que estamos pousando em uma área remota, longe das luzes da cidade. É uma escolha consciente, já que estamos aqui ilegalmente e precisamos evitar chamar a atenção das autoridades.

O silêncio que se segue ao desligamento dos motores é quase palpável, e por um momento todos nós permanecemos imóveis, absorvendo a gravidade da situação. Estamos em solo estrangeiro, sem saber o que nos espera.

Ao desembarcar, sou envolvida pela escuridão da noite e pelo silêncio da paisagem deserta ao nosso redor. É uma sensação estranha estar tão distante da civilização, mas sabemos que é necessário para permanecer invisíveis.

Com cautela, começamos a nos mover, procurando abrigo e um local seguro para nos estabelecermos temporariamente. Cada passo é calculado, cada movimento é feito com cuidado para evitar chamar a atenção das autoridades locais.

Enquanto pisamos em solo austriaco, sinto a mão de Tom procurar a minha, buscando conforto e segurança em meio à incerteza que nos rodeia. Nossos dedos se entrelaçam naturalmente, como se nossas mãos já conhecessem o caminho uma da outra mesmo em meio à escuridão da noite.

Estamos juntos nisso. — Murmura Tom suavemente, sua voz transmitindo um senso de calma e confiança. — Vamos encontrar um lugar seguro e descansar um pouco.

Assinto, sentindo-me grata por tê-lo ao meu lado neste momento.

The Hell On Earth - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora