Capítulo vinte e seis

51 10 19
                                    

Olivia's Pov

Tom e eu corremos em direção à rua movimentada, nossos corações pulsando com a urgência de fugir. Ao avistarmos uma moto estacionada ali perto, trocamos um olhar cúmplice, sabendo exatamente o que precisávamos fazer.

Tom se aproximou da moto e verificou rapidamente se estava destravada.

Vamos precisar disso para sair daqui rápido. — Ele disse, lançando-me um olhar determinado.

Eu concordei, ansiosa para deixar aquele lugar para trás.

Tom rapidamente montou na moto e deu partida. O motor roncou com vida, preenchendo o ar com um som vibrante.

Segure-se firme, Olívia. — Gritou ele por cima do barulho do motor, estendendo a mão para mim.

Agarrei-me a ele, sentindo a adrenalina correr pelas minhas veias enquanto partíamos em alta velocidade pela rua. O vento soprava em nosso rosto enquanto deixávamos para trás a boate e todas as memórias sombrias que ela continha.

Enquanto a moto rugia pela estrada escura, o combustível parecia evaporar tão rapidamente quanto nossa esperança de alcançar nosso destino. Um solavanco abrupto aconteceu e a moto parou, o motor fazendo um som final de desespero antes de silenciar completamente.

O que diabos está acontecendo? — Grunhiu Tom, sua frustração era evidente em cada palavra. Ele chutou a moto com raiva, como se isso pudesse magicamente fazê-la funcionar novamente.

Acho que ficamos sem combustível. — Murmurei.

Tom virou-se para mim, os olhos faiscando de irritação. — Ah, sério? Não percebi.

Não precisa ser sarcástico, Tom. Estamos em uma situação difícil aqui. — Retruquei, minha irritação estava começando a se manifestar.

Ele soltou um suspiro exasperado. — Desculpe se minha observação óbvia ofendeu você. — Ele respondeu.

Revirando os olhos, eu me controlei, lutando para manter a calma. — Não é hora para joguinhos, Tom. Precisamos resolver isso. — Eu disse, com minha voz firme, mas calma.

Tsc. Não enche.  — Tom permaneceu em silêncio por um momento, seus olhos fixos na escuridão ao nosso redor. Finalmente, ele suspirou e recostou-se na moto, parecendo resignado.

A dor de suas palavras atingiu em cheio, mas eu me recusei a deixá-lo me tratar assim.

Não fale comigo desse jeito, Tom. Estamos juntos nessa situação. — Eu retruquei, minha voz estava tremendo.

Tom parecia cada vez mais determinado a descontar sua frustração em mim. Suas palavras eram afiadas como navalhas.

Você sempre tem que fazer tudo desabar, não é, Olívia? — Ele gritou, sua voz parecia estar carregada de raiva.

Cada palavra dele era como um soco no estômago, e minha paciência chegou ao limite.

Chega, Tom! Eu não aguento mais suas acusações e sua grosseria. — Eu gritei, sentindo a raiva transbordar.

Sem esperar por uma resposta, eu me afastei dele.

Você não pode apenas sair assim, Olívia! — Ele gritou, sua voz estava cheia de frustração.

Eu me virei para encará-lo, com minhas próprias emoções borbulhando.

Estou cansada, Tom. Descobri que perdi um bebê, e tudo o que você consegue fazer é ser rude e insensível. — Joguei na cara dele.

Tom permaneceu em silêncio por um momento, sua expressão era tensa enquanto absorvia minhas palavras. Quando finalmente falou, sua voz era áspera.

Você acha que eu não estou sofrendo também, Olívia?— Ele disse, com seus olhos encontrando os meus com intensidade. — Esse bebê também era meu filho, porra!

The Hell On Earth - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora