Capítulo 04 - A solitude e o reencontro.

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Na manhã seguinte, Camila sai um pouco cedo do seu condomínio deixando Douglas dormindo, seus hobbies favoritos é ler, pintar e sair pra tomar café fora com pouca frequência usando um vestido marrom.

Na cafeteira, ela pede pão misto com cappuchino, comendo e apreciando sua bebida abriu o livro de romance brega para ter seu momento de paz com seu fone de ouvido fechando os olhos mastigando o sabor do presunto e queijo e levando a xícara aos lábios por 9 minutos.

De repente ela abre os olhos e se assusta com Diogo totalmente parado em pé com o sorriso frouxo em seu rosto.

- Olá, bom dia Mila... Desculpa se te assustei, gata. - ele pega o livro dela.- tá lendo... "Bem Ditas Cartas"? Interessante, tá aprendendo a escrever cartas de amor?

- não... eu só... tô aproveitando minha solitude.- ela retira o livro da mão do Diogo.

- ah... vou ficar um pouquinho com você...

- não é necessário! - ela grita sem querer.- quer dizer... eu gosto de ficar sozinha.

- nossa... parece que alguém machucou uma linda canarinha ferida.- Diogo senta na frente dela sem hesitar.- conte pro poeta do amor aqui, que vai levantar sua autoestima.

- não, obrigada.- Camila paga a conta, evitando seu jeitinho fofo educadamente.

Camila on

Saio da cafeteria após pagar a conta, mas Diogo me segue de mansinho, só que ouço sua respiração.

- você quer parar de me seguir?- pergunto ficando com raiva.

- não.- ele solta a risada.

- Diogo... eu não tenho tempo pra isso.- desvio o caminho e ando até o ponto de ônibus.

- onde vai? Estou curioso pra saber onde minha Deusa está indo.- ele se aproxima.

Me arrepio ao ouvir isso, fazendo abrir o sorriso de ursinho apaixonado, mas desvio o olhar pra não perder a paciência.

- aposto que você chama todas as mulheres assim, porque várias delas são loucas por você e te querem como uma bolsa cara da Chanel.- o ônibus se aproxima, enquanto estico meu braço pedindo ponto.

- na vida, tem milhões de mulheres querendo o que tenho, dinheiro, sexo e me usar como um brinquedo de criança, mas só uma é diferente e ela está de vestido marrom indo embora, perdendo a oportunidade de passear comigo nessa luz do dia.

- na vida, tem milhões de mulheres querendo o que tenho, dinheiro, sexo e me usar como um brinquedo de criança, mas só uma é diferente e ela está de vestido marrom indo embora, perdendo a oportunidade de passear comigo nessa luz do dia

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Pera... ele tá falando sobre mim?

- espera um pouco... essa garota diferente que você mencionou, sou eu?

- Acertou, bebê... mas é sério, não vá ainda, vamos dar uma volta e depois te levo pra casa de carro, fica por favor.- Diogo se aproxima um pouco com o olhar sério e carinhoso.

- eu...

O ônibus buzina me chamando, minha mente e meu coração discutem muito se deve ficar ou ir embora, mas não sei o que fazer.

- Terra chamando Mila.- Diogo solta uma risada colocando a mão no seu peito, acordando meus pensamentos me deixando irritada.

- ah! Vá tomar no cú!

- não posso, tenho coisas importantes pra fazer... vem comigo, você pega o ônibus depois, por favor.

Bufei de raiva.

- tá bom, mas sem gracinhas tá, tô de olho.- andei afastada dele, deixando o ônibus seguir o caminho dele.

Algumas horas da manhã...

Diogo e eu ficamos passeando na Barra, trazendo sons das ondas, risadas, algumas conversas com um pouco de ferida em nossos corações sem saber como curar.

Passeamos por horas e horas e horas, até que sentamos no banquinho em frente ao mar respirando e sentindo o silêncio na nossa voz.

- er... já é meio-dia, tenho que ir...- Diogo segura o meu braço me pedindo pra ficar mais um pouco com o seu olhar.- Diogo...

- fica, minha Deusa.- ele tenta tocar no meu rosto, mas não deixo.

- não.- me viro e aperto meus braços sentindo a crise tomar conta da minha energia, mas sinto seu abraço por trás.

- ei... estou aqui pra entender seus medos, curar suas crises e te ajudar a superar isso.- ele me abraça forte (muito forte, socorro), mas me conforta com cuidado.

Diogo se desfaz do abraço e me viro ao lembrar do meu ex que me abraçava desse jeito, em seguida ele se aproxima mas me afasto com cuidado.

- desculpa... eu não posso.- saio correndo começando a chorar, deixando pensamentos e memórias ecoarem na minha mente.

Chegando no condomínio...

Abracei meu amigo chorando muito, depois conversamos sobre o que aconteceu hoje, mas as borboletas ficaram fazendo cócegas no meu estômago.

- depois do silêncio, palavras bonitas, flerte e outras coisas, me afastei com medo de cair no laço do amor e me ferrar depois.- conto alguns detalhes.

- isso não é emocionante, mas entendo seu bloqueio emocional, amiga... mas isso tem que sair, se não você vai morrer sozinha.

- posso viver com isso.- revirei os olhos me jogando no sofá enfiando meu rosto na almofada.

- tem certeza? O Baco iria ficar puto e triste.- ele toca nas minhas costas massageando.

- deixa ele quieto, tem muita mulher o querendo, e vai sobreviver sem mim.- olho pra ele com os olhos inchados de chorar no travesseiro.

- vai nada, nenhuma delas é como você, sua gostosa.- ele me dá um tapa na bunda.

- oh porra, não faz isso!- o empurro pra cair no sofá, ele ri e se levanta.

- mas... é sério, o que rolou depois do passeio e crise?

- ele... me abraçou.- fico com rubor.

- ele o quê, piranha? E deixa eu adivinhar, você deu um selinho e chegou aqui chorando arrependida igual uma garota de programa, acertei?

- não teve beijo e não, não voltei chorando igual uma garota de programa por conta disso e sim que... depois do abraço, e a crise voltou.

- ah...- Douglas fica decepcionado.- pensei que teve um selinho ou algo mais.

- Douglas, vai por mim, eu não vou me apaixonar de novo e ponto final.- me levanto e vou pro banheiro.

- veremos, piranha.

- sua mãe, que me arranha.- rimei.

- é o quê???

Douglas fica puto e tenta invadir o banheiro, mas ele sabe que é brincadeira, pois fazia isso no ensino médio onde ganhei puxão de orelha. Ai saudades daquela época.

Camila off

Continua...

Amanhã tem mais.😄

Meu Girassol 1° Temporada (Baco Exu Do Blues)Onde histórias criam vida. Descubra agora