2019' após ser sugada por um portal espaço-temporal, Sarah Hargreeves encontra-se em um futuro devastado. Dois dias depois, Cinco, movido pela determinação de encontrar a amada irmã, segue seus passos através do tempo.
Presos por anos em um apocali...
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Eu havia voltado à academia junto de Klaus, fumamos e trocamos algumas conversas, assim como nos velhos tempos.
Já havia amanhecido, eu estava sozinha no antigo quarto de Cinco, com um caderno em minhas mãos eu rabiscava com a caneta que flutuava sobre o papel.
Em instantes a porta do quarto é aberta bruscamente, revelando Allison que entra pelo quarto com um semblante assustado.
— Cinco, venha ver uma coisa! — ela chama pelo irmão.
Allison me olha deitada sobre a cama de Cinco, ele não estava no quarto.
— Ah, Sarah. — ela diz confusa. — Venha ver uma coisa.
Eu me levanto rapidamente e sigo junto de minha irmã, ela anda em direção a uma pequena sala que possuía várias televisões com gravações de câmeras.
Papai tinha câmeras pela casa inteira, onde continham gravações de quando éramos pequenos, mas Allison não tinha me chamado somente por isso.
— Olhe, Sarah! — ela aponta para uma das telas.
A gravação mostrava o quarto de nosso pai, ele estava deitado sobre a cama enquanto nossa mãe estava ao lado dele, de pé. Grace se aproxima do velho, dando uma xícara de chá para ele que rapidamente reage à bebida, falecendo.
Eu olho para a tela assustada, não imaginava que mamãe seria capaz de fazer tal ato.
— Passa de novo. — eu digo para Allison.
— Eu já assisti diversas vezes, é sempre a mesma coisa. — ela diz apreensiva.
Tomo distância da tela, apertando em um dos botões para voltar a gravação. Analiso mais uma vez a cena, prestando atenção em cada detalhe.
— O chá. — me viro para Allison. — Ela envenenou ele?
— Eu... eu não sei. — ela gagueja.
— Onde você achou essa fita? — questiono.
— Eu tava assistindo umas gravações de quando éramos crianças. — Allison suspira. — E acabei achando essa fita guardada aí.
— Nosso pai deve ter começado a usar o sistema de segurança de novo. — eu mordo meus lábios enquanto penso. — É a única forma das câmeras terem gravado isso.
— Mas a nossa mãe? Ela jamais seria capaz de.. — Allison se aproxima de mim, olhando para baixo. — Será?
Eu olho para as câmeras mais uma vez, sentindo meu cérebro borbulhar em busca de respostas para a cena que passava repetidas vezes em minha frente.
Por mais que a gravação acusase nossa mãe, eu ainda tinha um pressentimento estranho. Papai não usava o sistema de segurança há anos, e quando voltou a usar ele já registrou sua morte? Estranho.
