2019' após ser sugada por um portal espaço-temporal, Sarah Hargreeves encontra-se em um futuro devastado. Dois dias depois, Cinco, movido pela determinação de encontrar a amada irmã, segue seus passos através do tempo.
Presos por anos em um apocali...
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26 anos atrás.. 1993'
Estávamos no hall de entrada da academia, Papai treinava Número sete e eu juntas lado a lado. Haviam várias taças sobre uma mesa em nossa frente, enquanto Papai nos ordenava algumas tarefas.
- Número oito, quero que quebre o máximo de copos que conseguir. - Papai ordena, logo soprando seu apito.
Eu estendo uma de minhas mãos suavemente para frente, levitando os copos para o alto e quebrando todos no ar. Diversos cacos voam pelo local, porém, eu desvio todos de nossa direção.
Já havia um bom tempo que Papai tinha me ensinado a fazer isso, eu treinava constantemente a levitar os objetos e parar suas trajetórias do jeito que quisesse, estava sendo quase um reflexo meu.
Número sete ainda estava iniciando seus testes, já faziam quatro anos que estávamos nessa casa e raramente a vi treinar.
- Muito bem, Número oito. - Papai comenta com desdém, voltando seu olhar para número sete.
Logo Pogo aparece na sala, colocando mais copos sobre a mesa, para continuarmos os testes. Papai começa a anotar algumas informações em seu caderno, escrevendo rapidamente com a caneta sobre as mãos.
- Quero que quebre o máximo de copos que conseguir, Número sete. - Papai termina suas anotações, ordenando minha irmã.
Ele então se aproxima dos copos, tocando um garfo em uma das taças, assim soando um alto barulho por todo o cômodo.
- Concentre-se, Número sete. - ele estimula.
Ao meu lado, vejo Número sete fechar seus olhos, concentrando-se nos copos em nossa frente, que logo começam a tilintar sobre a mesa.
Papai e eu olhávamos a cena hesitantes, Número sete permanecia de olhos fechados enquanto as taças chacoalhavam com a mesa. Em instantes um dos copos se quebra, fazendo Número sete abrir seus olhos pelo susto.
Com apenas um dos copos quebrados, Papai tenta mais uma vez, batendo contra outra das taças e ressoando a nota aguda.
- De novo! - ele ordena.
Número sete assente, fechando seus olhos novamente e voltando a usar seus poderes.
- Número sete, concentre-se no som ao seu redor. - Papai aconselha. - Esse é um dos seus dias específicos de treinamento.
A menina então abre seus olhos, olhando ao redor e trocando olhares rápidos comigo, ela parecia aflita.
- Número sete! - ele grita, chamando atenção da garota. - Sua insolência é inaceitável!
