2019' após ser sugada por um portal espaço-temporal, Sarah Hargreeves encontra-se em um futuro devastado. Dois dias depois, Cinco, movido pela determinação de encontrar a amada irmã, segue seus passos através do tempo.
Presos por anos em um apocali...
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12 de maio de 1963'
Um fio de luz azulada ainda percorria meu corpo, abro meus olhos, estreitando-os pela luminosidade que vinha do portal sobre cima de mim.
Ao observar ao redor, percebo estar em um tipo de beco, estava escuro e apenas a luz da lua brilhava no céu. O que significava que não estávamos mais no fim dos tempos - na minha cabeça isso era um bom sinal-.
— Cinco? Diego? Klaus? — grito em busca de meus irmãos. — Cadê todos vocês?
Quando escuto o portal se fechar no céu, percebo estar sozinha ali. Me levanto com cuidado, ainda sentindo uma certa dor em meu corpo.
Ando até o final do beco, observando a avenida em que estava. Os postes iluminavam a rua, junto da luz que vinha de dentro das lojas. Em uma dessas lojas, me aproximo vendo um programa de TV que passava.
"[...] O presidente Kennedy, compareceu ao parlamento nessa manhã, ele parecia conversar com os reitores e organizar a reunião." O jornalista anunciava.
Ao canto, havia a data de hoje, 12 de maio de 1963. Suspiro fundo, colocando uma de minhas mãos sobre o rosto, tentando me acalmar. Eu estava presa no tempo mais uma vez, porém, sem ninguém junto de mim.
— Merda. — resmungo, andando para longe da loja de televisores.
Enquanto caminhava pela cidade, que agora descobri ser Dallas, no Texas. Avisto um grupo de garotas que brincavam ao lado de dentro de um grande casarão, elas pareciam felizes e corriam de canto à canto no que parecia ser a sala de estar. Observo o lado de fora do casarão, grandes portões e várias janelas eram o destaque do local, me lembrando da academia.
Continuo a andar, passeando pela cidade enquanto pensava por que havia vindo parar aqui. Me lembrava de poucas coisas, tendo como última lembrança a noite no teatro, aonde Vanya se descontrolou e dali para frente não consigo ter lembranças exatas.
Só consigo pensar em meus irmãos, em como eles devem estar, se estão vivos? mortos? ou melhor, aonde eles estão?. Eu com certeza iria me perguntar isso por muito tempo, talvez tanto tempo que eu nem consiga achar a resposta.
Enquanto ainda andava, buscando algum rumo para seguir, avistava algumas pessoas que ocupavam a rua anoitecida. Uma mulher andava com suas crianças ao lado dos braços, apertando firmemente as pequenas mãos infantis durante o tempo em que observava as vitrines.
Um grupo de idosos jogava baralho em algumas mesas cobertas de um bar, ouvia risadas e brincadeiras entre os jogadores, um clima alegre. Ao canto, havia uma garçonete que limpava os balcões do bar enquanto dançava ao som da música que saia do rádio.
