Holly abriu os olhos lentamente. Seu corpo latejava de dor. A escuridão ao seu redor era sufocante e ela tentou se mover, mas algo a prendia. Um aperto no peito a fez perceber que estava em um espaço pequeno e confinado. O pânico começou a se apoderar dela, a respiração rápida e rasa anunciando um ataque iminente.
Sons abafados ecoavam à sua volta e Holly tentava desesperadamente lembrar como havia chegado ali. Sua mente girava, buscando alguma pista que pudesse esclarecer a situação. No entanto, o aperto físico e emocional só aumentava, levando-a à beira do desespero.
— Onde estou? O que está acontecendo? — Holly murmurou, lutando para manter a compostura, enquanto a sua mente estava mergulhada em uma névoa confusa.
A escuridão começou a ceder, revelando contornos indistintos ao redor de Holly. Ela se esforçou para se acalmar, pois era inconcebível que perdesse o controle de si mesma. Entretanto, à medida que a calma se instalava, a exaustão tomava conta dela.
Ela perdeu a consciência afundando em um sono profundo se entender ainda o que havia acontecido. A última coisa que recordava era estar em uma missão no Norte Gelado da Rússia para resgatar a filha de algum diplomata inglês.
-oÕo-
Holly piscou os olhos lentamente tentando se acostumar com a luz que filtrava por uma fresta na porta. A visão ainda embaçada se ajustou aos poucos, revelando um quarto minúsculo e sombrio.
Ela estava deitada em uma estreita cama, tão pequena que mal cabia seu corpo. Ao erguer a cabeça, Holly notou a proximidade do teto e o espaço reduzido ao seu redor a fez sentir-se confinada.
As paredes eram adornadas com pinturas de desenhos infantis desgastados, como se tivessem sido colados ali há muito tempo. Ao seu lado, em prateleiras improvisadas, repousavam roupas desgastadas e brinquedos quebrados. Teias de aranha adornavam cantos esquecidos do quarto, dando-lhe uma atmosfera de abandono.
Ao tentar se mover, uma onda de dor percorreu seu corpo, fazendo-a gemer baixinho. Holly percebeu que cada músculo parecia protestar contra o simples ato de se mexer. Sua cabeça latejava e uma confusão pairava sobre seus pensamentos.
Ela ergueu os olhos para o teto buscando clareza em meio à névoa que envolvia sua mente. Imagens e lembranças começaram a se sobrepor, como fragmentos de um quebra-cabeça se encaixando. Ela fechou os olhos por um momento, deixando a enxurrada de informações encontrar seu lugar.
Quando abriu os olhos novamente, uma compreensão inesperada tomou conta dela. Ela não estava mais no mundo que conhecia. Uma onda de incredulidade percorreu seu ser. Ela, agora, era Holly Lilian Potter, sobrinha indesejada e órfã de pais. A realidade se desdobrava diante de seus olhos como se fosse um sonho bizarro.
Isso devia ser algum tipo de piada.
Holly respirou fundo tentando assimilar a situação. Sua mente se encheu com a noção de que a original, a verdadeira Holly Lilian Potter, estava doente, e devido à negligência de seus tios, e havia morrido.
De alguma forma, sua própria alma transmigrou para o corpo da frágil criança, dando-lhe uma segunda chance, mas em um universo completamente diferente.
Ela encarou o quarto desgastado ao seu redor, ainda processando a magnitude do que estava acontecendo.
Franziu a testa.
Holly havia lido todos os livros da série e assistido aos filmes, e sabia que deveria ser chama Harry Potter e ser um menino, porém, estranhamente era uma garota.
Ela foi para universo diferente do livro escrito por ?
Talvez, ela estivesse no hospital em coma, e isso era apenas um sonho insano criado por sua mente. Não! Holly duvidava que fosse um sonho, pois o mal-estar, as dores no seu corpo e cabeça pareciam bem reais.
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Holly Potter - Entre Mundos e Varinhas
FanfictionUma assassina fria renasce no corpo de Holly Potter, recebendo do destino uma segunda chance. Magicamente talentosa, inteligente e talvez sombria, ela está determinada a traçar seu próprio caminho, e para isso, pretende lidar com Voldemort enquanto...