Capítulo 19 - Mansão Black

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Holly olhou para o mapa, vendo um pequeno ponto de onde ela estava sentada próximo ao rio. Ela precisava encontrar a Mansão Black Grimmauld, sabia que estava localizado em algum lugar na Londres trouxa, mas não sabia exatamente aonde.

— Não parece tão longe.

A criança se levantou e caminhou por uma rua. O cenário era preenchido por carros, as placas das lojas, os pombos e a música tocando na janela de alguém.

Quando dobrou a esquina, Holly rapidamente puxou seu mapa, surpresa ao ver que havia chegado ao Largo Grimmauld. Ela ficou mais chocada ao ver que era um quarteirão bastante degradado. Lixo espalhado pela rua, lixeiras foram tombadas, janelas quebradas foram tapadas com fita adesiva. Era pior de como fora descrito nos livros.

Ela não conseguia entender por que uma família rica de sangue puro como os Black teria uma casa aqui.

Holly guardou o mapa e desceu o quarteirão com cuidado. Parou em frente a casa de quatro andares com a parede de tijolos escuros prensada entre casas de tijolo bege.

A ruiva abriu o portão, subindo a escada quebrada, e franziu a testa para o estado dilapidado da casa.

Inicialmente, ela considerou passar o feriado na casa Potter que ficava em MaryLebone, no entanto, depois lembrou que precisava recuperar o Medalhão Sonserina que era uma Horcrux. Deixando assim para conhecer a casa dos Potter no verão.

Holly chegou à porta pintada de preta e descascada. Não havia fechadura, nem caixa de correio, nem mesmo maçaneta. Havia apenas uma aldrava de uma cobra retorcida em prata manchada. Ela teve uma sensação estranha em relação à casa, como a imensa pressão no fundo do oceano, empurrando-a para uma escuridão inescapável.

— Eu deveria bater? — Holly perguntou para si mesma, sem ter certeza se era seguro tocar na coisa. O senhor Abbott disse que precisava pedir permissão a casa, — Posso entrar?

Ela se sentiu estúpida.

Nada aconteceu.

Holly suspirou e agarrou a aldrava. A cobra ganhou vida e ela engasgou em estado de choque. A cobra de prata enrolou-se em seu pulso, agarrando-o dolorosamente. Abriu a boca, revelando presas afiadas, e mordeu a palma da mão. Ela gritou, tentou libertar a mão, porém a cobra estava presa. Depois de um minuto, as presas recuaram e, depois de outro aperto, a cobra se desenrolou e voltou a ser uma aldrava. A respiração saiu de Holly, deixando-a tonta.

A adolescente segurou sua mão, vendo finas gotas de sangue sair dos dois furos causadas pelas presas, enquanto a porta se abriu. Incerta, ela entrou e estremeceu quando a porta se fechou atrás dela. Após recuperar a compostura, ela olhou ao redor.

O hall de entrada estava escuro, mesmo com a luz da manhã entrando. As partículas de poeira estavam tão espessas no ar que pareciam névoas. Cheirava a um galpão velho, úmido e mofado.

— Parece que ninguém vem aqui há muito tempo. — ela disse calmamente. Havia algo opressivo na atmosfera. Ela sentiu que não deveria falar nada. — EU-

Um conjunto de cortinas pretas na parede, que não tinha notado, abriu-se para revelar o retrato de uma senhora idosa e imperiosa, vestida com um manto majestoso e preto como breu. Seu cabelo grisalho estava penteado em um estilo severo, e seus olhos penetrantes brilhavam na moldura do retrato.

Holly lembrou do retrato de Walburga Black que deveria estar no Hall de entrada.

— Quem está aí? — Ela exigiu com um sorriso de escárnio. — Monstro? Monstro!

Um elfo doméstico surgiu.

Holly olhou para ele com os olhos arregalados e sentiu uma pontada de pena do elfo. Ele era o oposto de todos os elfos de Hogwarts, que eram bem cuidados, saudáveis e limpos. Ele usava uma toga encardida pelo tempo. Sua pele flácida ao seu redor, como se tivesse perdido muito peso. Tufos de cabelo branco brotavam de suas orelhas e seus olhos eram cinzentos e turvos. Ele estava curvado, com as mãos nodosas esfregando-se de uma maneira servil e desconcertante.

Holly Potter - Entre Mundos e VarinhasOnde histórias criam vida. Descubra agora