Holly Potter - Entre Mundos e Varinhas

Capítulo 34 - Adeus Férias

Holly levantou cedo naquela manhã, e após um breve café da manhã, ela usou a Rede de Flu para viajar até o Caldeirão Furado. As chamas esverdeadas a envolveram, e num piscar de olhos, ela emergiu no pub, sentindo o cheiro familiar de madeira velha e cerveja amanteigada.

Ela ignorou os olhares curiosos e seguiu em direção ao Beco Diagonal, onde havia combinado de se encontrar com seus colegas da Corvinal.

Severus Snape já havia conseguido os ingredientes para as poções, mas ainda faltavam alguns itens essenciais: livros, pergaminhos, penas, tinta, novas vestes, um ábaco, régua e compasso, lápis e giz...

As ruas do Beco Diagonal estavam mais movimentadas do que o normal, com bruxos e bruxas de todas as idades se preparando para o início do ano letivo em Hogwarts.

Holly parou em diversas lojas, adquirindo a maioria dos itens da sua lista. Sua última parada era em Floreios e Borrões, onde precisava comprar os livros, e onde tinha combinado de encontrar as meninas.

Quando finalmente chegou à livraria, ela se deparou com uma multidão considerável do lado de fora. A maioria era mulheres de meia-idade, com alguns homens e muitos alunos de Hogwarts misturados.

— Holly! — uma voz chamou sua atenção. Ela sorriu educadamente quando visualizou Morag perto da entrada da livraria. A outra garota quase se inclinou para dar um abraço em Holly, porém se lembrou de que a ruiva não era muito fã de contato físico. — Como foram suas férias?

— Tranquilas, e as suas? — Potter perguntou, olhando ao redor à procura das outras meninas. — Onde estão Lisa e Padma?

— Lisa está na frente com a avó, — explicou Morag. — O grande idiota salvou a vila dela de um naga ou algo assim. Padma está com a mãe e a irmã; ela é uma grande fã. Sue ainda não retornou das férias.

— E você? E fã? — Holly perguntou, curiosa.

— Gosto das histórias, mas é só isso que elas são, não é? — disse Morag, revirando os olhos. — Meu pai estudou na mesma época que ele, e disse que Lockhart não conseguiria se livrar de um feitiço de pernas geleias, quanto mais de uma criatura mágica. Morag continuou, comparando a multidão a kelpies em frenesi. Quando mencionou Padma.

— Ela está incluída nessa categoria? — Holly perguntou, meio que esperando que Padma não estivesse tão obcecada quanto parecia.

— Se você a tivesse visto falando sobre Lockhart, concordaria. — Morag disse, enquanto se aproximava da entrada da porta.

Holly olhou para a horda de fãs gritando e hesitou.

— Não sei se quero entrar, — admitiu, incerta. — Você vai comprar todos os livros dele?

Elas se espremeram pela multidão caótica, desviando de pilhas de livros precárias, de um Weasley perdido e de um carrinho de bebê com três crianças chorando de várias idades.

A sessão de autógrafos de Lockhart estava acontecendo nos fundos da loja, e a agitação era concentrada naquela área. Um grande alvoroço seguido de aplausos indicou que Lockhart havia acabado de fazer algo que agradasse seus fãs. Neste momento ela suspirou aliviada por não concordar que tal idiota fizesse sua sessão de autógrafo na sua Livraria Pública.

A livraria Floreios e Borrões estava cheia, um verdadeiro mar de estudantes e pais ansiosos, todos se empurrando na direção da seção onde Gilderoy Lockhart distribuía autógrafos.

Holly mantinha uma distância segura, sua expressão demonstrando clara aversão à agitação ao seu redor. Em meio à confusão, acabou se separando de Morag. De longe, avistou as gêmeas Patil e Lisa Turpin, mas não estava a fim de chegar perto daquela fila desorganizada de fãs eufóricos.