Capítulo 5 - Puro Lírio

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Ela se manteve no lugar até a mulher baixinha sumir em um beco, certamente para aparatar em Hogwarts e contar ao diretor tudo que ocorreu naquele dia.

Por medida de segurança, caso alguém a observasse, Holly chamou um táxi, um carro modelo Austin FX4, pintado de preto azulado, parou na frente dela. Entrou sem dificuldade e deu o endereço The Green Park.

Ela manteve-se calada todo o trajeto, com a mente mergulhada nas informações que recebeu. Quando o táxi chegou ao destino, ela pagou a corrida e saiu do veículo. Apesar de ser noite, as ruas ainda estavam movimentadas e algumas pessoas caminhando, correndo ou brincando no parque.

Holly seguiu pelo caminho de pedra sem falar nada, desviou entre as árvores e seguiu para a parte arborizada. Somente quando estava em um ponto distante de curiosos, Holly parou e retirou seu baú, que tinha amuleto para reduzir o tamanho quando ativado. Ela o colocou no chão perto de alguns arbustos, e abriu.

Precisava processar tudo que tinha descoberto. Bem, apesar de Lily ter sobrevivido, Holly duvidava que seria uma presença ativa em sua vida. Lamentavelmente, a brilhante mulher estava doente.

Neville era o Garoto-Que-sobreviveu, menos foco nela, mas isso não mudaria o fato que ela queria evitar a Guerra Mágica. Tom Riddle pagaria por contribuir para que a verdadeira Holly crescesse com seus tios, fosse maltratada e moresse.

Holly encarou a bela coruja presa na gaiola, lhe encarando com os olhos amarelos-ouro.

— Seu nome é Hedwig, seremos companheiras nesta vida, — ela disse, enquanto soltava a coruja e guardava a sua gaiola no malão. Ela abriu o compartimento de estudo e encontrou uma escada que descia para o pequeno espaço.

— Quer ficar comigo ou ir caçar? — perguntou, e recebeu um pio de resposta, antes de Hedwig voar para longe, provavelmente indo procurar sua própria comida.

Após colocar as senhas nos compartimentos, Holly pegou alguns livros da biblioteca e voltou para o compartimento de estudo.

Ela desceu os lances de escada e admirou o lugar. O quarto não era maior que quatro metros quadrados, mas muito útil. Havia um banheiro anexo com água. Duas estantes que precisavam ser preenchidas por livros. A escrivaninha ficava ao lado de uma janela mágica que permitia que ela fosse o lado externo, mas ninguém poderia vê-la. Era como uma câmera de segurança.

A poltrona foi trocada por uma cama de solteiro, e perto da janela um balcão com armários e um fogão de um acendedor.

Ela retirou a mochila das costas e abriu tirando a comida que sobrou do espólio do roubo na casa dos Dursley. Havia duas maçãs, três bananas e uma garrafa de água pela metade.

Amanhã, após retornar do Hospital e o Beco Diagonal, compraria mais comida e outros suprimentos que iria precisar.

Escolheu o livro O Mundo Mágico para os Nascidos Trouxas Inquisidores: Uma Introdução Geral. Na velocidade que conseguia ler, ela leu quase a metade do livro antes de finalmente adormecer.

-oÕo-

A sala de Alvo Dumbledore estava banhada na suave luz das velas quando a professora Pomona Sprout entrou, suas roupas levemente manchadas de terra da recente visita ao Beco Diagonal. Os outros chefes de casa já estavam reunidos: Minerva McGonagall, Severus Snape e Filius Flitwick. Dumbledore, com seus olhos azuis penetrantes, recebeu Sprout com um aceno caloroso.

— Pomona, que prazer vê-la. Como foi sua visita dos nossos alunos ao Beco Diagonal? — cumprimentou Dumbledore, sorrindo.

A professora de Herbologia retribuiu o sorriso antes de se acomodar.

Holly Potter - Entre Mundos e VarinhasOnde histórias criam vida. Descubra agora