Capítulo 37 - O Idiota Sonserina

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Holly havia ido à biblioteca após o almoço com a intenção de ser rápida. Ela precisava devolver o livro sobre quebradores de maldições e pegar outro sobre o quadribol, já que pretendia fazer o teste no dia seguinte. Deveria ao menos entender as regras e as jogadas.

Entretanto, ela acabou entretida com um livro sobre poções de sangue e, ao perceber o tempo que havia passado, teve que correr. Utilizou um dos atalhos que descobriu no ano anterior para chegar mais rápido à sala de aula. Respirou fundo, ajeitou o cabelo e as vestes ao parar diante da porta.

O corredor estava praticamente deserto, então, ela deduziu que os alunos já haviam entrado. Holly esperava que a professora Mcgonagall a desculpasse, levando em consideração que era uma boa aluna.

Sua mão direita girou a maçaneta, e ela empurrou a porta, entrando devagar. Deu um passo e parou, ainda do lado de fora, segurando a porta aberta quando ouviu vozes alteradas. A aula era dividida entre Corvinal e Sonserina, então foi fácil reconhecer as vozes.

— Então, para você, Holly é apenas um degrau para o poder? — Ela reconheceu a voz exaltada de Morag.

— O que você tem a ver com isso? — Malfoy retrucou, rosnando.

— Você mesmo disse que nascidos-trouxas são sangues contaminados, e todos sabem que a mãe de Holly é nascida-trouxa. Ela nunca escondeu — disse Padma.

— Ele apenas se aproximou dela por interesse, devido à fortuna e à sua inteligência — Anthony acusou.

Holly sentiu um sentimento estranho ao perceber seus colegas da Corvinal defendendo-a, mas também suspirou pela tolice deles, não deveriam interferir em seus assuntos.

Ela mesma não se importava com a opinião de Draco, mas sabia que o loiro podia perder a paciência facilmente e acabar dizendo algo que não devia. Dependendo do que ele dissesse, Holly teria que tomar uma atitude, o que vinha evitando.

— Não nego que a mãe dela era interesseira, queria crescer na nossa sociedade e se envolveu com sangue-puro — Draco continuou.

Houve um suspiro de surpresa pela sala.

— Uma vadia, como a filha — Pansy Parkinson disse com desdém.

— Lave sua boca imunda para falar de Holly. Ela é muito mais nobre e elegante que você, cara de porca! — Sue Li gritou.

Os ânimos estavam realmente alterados, tanto que até a pacífica Sue Li estava gritando.

Holly deduziu que a professora não estava presente, pois não permitiria tal desordem.

— Devia calar a boca, Malfoy, antes que caia ainda mais no estigma das pessoas — Blaise comentou.

Holly empurrou a porta mais um pouco, lançando um feitiço silencioso, e entrou na sala sem ser notada. Visualizou que os alunos estavam divididos em três grupos: os corvinais unidos para defendê-la, Draco, Pansy e seus Crabbe e Goyle de um lado, e os demais sonserinos do outro.

— Eu sou um sangue-puro de linhagem estimada, herdeiro de uma das famílias mais ricas, as pessoas me respeitam — Malfoy afirmou.

— As pessoas acham você um moleque ridículo — Michel retrucou.

— Cale a boca, mestiço imundo! — Draco gritou, perdendo a compostura.

Padma e Lisa perceberam a presença de Holly, assim como Theodore e Blaise.

— Então não nega que a chama de sangue-ruim? — Blaise provocou.

— Seus pais eram na Grifinória, a casa inteira está repleta de sangue-ruim e traidores, — disse o garoto.

Holly Potter - Entre Mundos e VarinhasOnde histórias criam vida. Descubra agora