Holly havia ido à biblioteca após o almoço com a intenção de ser rápida. Ela precisava devolver o livro sobre quebradores de maldições e pegar outro sobre o quadribol, já que pretendia fazer o teste no dia seguinte. Deveria ao menos entender as regras e as jogadas.
Entretanto, ela acabou entretida com um livro sobre poções de sangue e, ao perceber o tempo que havia passado, teve que correr. Utilizou um dos atalhos que descobriu no ano anterior para chegar mais rápido à sala de aula. Respirou fundo, ajeitou o cabelo e as vestes ao parar diante da porta.
O corredor estava praticamente deserto, então, ela deduziu que os alunos já haviam entrado. Holly esperava que a professora Mcgonagall a desculpasse, levando em consideração que era uma boa aluna.
Sua mão direita girou a maçaneta, e ela empurrou a porta, entrando devagar. Deu um passo e parou, ainda do lado de fora, segurando a porta aberta quando ouviu vozes alteradas. A aula era dividida entre Corvinal e Sonserina, então foi fácil reconhecer as vozes.
— Então, para você, Holly é apenas um degrau para o poder? — Ela reconheceu a voz exaltada de Morag.
— O que você tem a ver com isso? — Malfoy retrucou, rosnando.
— Você mesmo disse que nascidos-trouxas são sangues contaminados, e todos sabem que a mãe de Holly é nascida-trouxa. Ela nunca escondeu — disse Padma.
— Ele apenas se aproximou dela por interesse, devido à fortuna e à sua inteligência — Anthony acusou.
Holly sentiu um sentimento estranho ao perceber seus colegas da Corvinal defendendo-a, mas também suspirou pela tolice deles, não deveriam interferir em seus assuntos.
Ela mesma não se importava com a opinião de Draco, mas sabia que o loiro podia perder a paciência facilmente e acabar dizendo algo que não devia. Dependendo do que ele dissesse, Holly teria que tomar uma atitude, o que vinha evitando.
— Não nego que a mãe dela era interesseira, queria crescer na nossa sociedade e se envolveu com sangue-puro — Draco continuou.
Houve um suspiro de surpresa pela sala.
— Uma vadia, como a filha — Pansy Parkinson disse com desdém.
— Lave sua boca imunda para falar de Holly. Ela é muito mais nobre e elegante que você, cara de porca! — Sue Li gritou.
Os ânimos estavam realmente alterados, tanto que até a pacífica Sue Li estava gritando.
Holly deduziu que a professora não estava presente, pois não permitiria tal desordem.
— Devia calar a boca, Malfoy, antes que caia ainda mais no estigma das pessoas — Blaise comentou.
Holly empurrou a porta mais um pouco, lançando um feitiço silencioso, e entrou na sala sem ser notada. Visualizou que os alunos estavam divididos em três grupos: os corvinais unidos para defendê-la, Draco, Pansy e seus Crabbe e Goyle de um lado, e os demais sonserinos do outro.
— Eu sou um sangue-puro de linhagem estimada, herdeiro de uma das famílias mais ricas, as pessoas me respeitam — Malfoy afirmou.
— As pessoas acham você um moleque ridículo — Michel retrucou.
— Cale a boca, mestiço imundo! — Draco gritou, perdendo a compostura.
Padma e Lisa perceberam a presença de Holly, assim como Theodore e Blaise.
— Então não nega que a chama de sangue-ruim? — Blaise provocou.
— Seus pais eram na Grifinória, a casa inteira está repleta de sangue-ruim e traidores, — disse o garoto.
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Holly Potter - Entre Mundos e Varinhas
ФанфикUma assassina fria renasce no corpo de Holly Potter, recebendo do destino uma segunda chance. Magicamente talentosa, inteligente e talvez sombria, ela está determinada a traçar seu próprio caminho, e para isso, pretende lidar com Voldemort enquanto...