Holly Potter - Entre Mundos e Varinhas

Capítulo 31 - Encontro inusitado

Holly estava sentada à mesa de café da manhã, com o sol iluminando suavemente o ambiente, enquanto ela saboreava uma torrada com geleia enquanto folheava um livro, aproveitando a tranquilidade.

Ela estava evitando sair da Mansão Potter por enquanto, pois o professor Snape aparecia em momentos inesperados para verificá-la. Era óbvio que ele ainda se sentia incerto em deixar uma adolescente morando sozinha com apenas um elfo. Snape costumava aparecer nos horários das refeições, mas nunca no mesmo horário.

Os únicos momentos em que ela saiu foram para passar um tempo na Casa Ancestral Black. Apesar da biblioteca Potter ser grande e maravilhosa, era a biblioteca Black que possuía livros sobre magia mais forte ou escura.

Sua paz foi interrompida por um estado de aparatar e resmungos. Monstro apareceu na porta, com uma expressão ainda mais carrancuda do que o normal.

— Aqui estão suas cartas, senhorita — disse ele com evidente desgosto. — Ainda não consigo entender por que a Herdeira Negra está morando nesta casa e não na mansão Black... — murmurou enquanto entregava a pilha de cartas a Holly.

Holly sorriu gentilmente para o elfo carrancudo.

— Obrigada, Monstro. A propósito, vou passar os próximos dias na mansão Black. O professor Severus me avisou que estará viajando para uma convenção de poções em Roma e não poderá me visitar.

Monstro fez um barulho de aprovação, embora ainda parecesse mal-humorado, e saiu da sala, resmungando sobre a elfa Potter intrometida e mudanças indesejadas.

Holly voltou sua atenção para as cartas. Seus olhos brilharam ao ver que alguns de seus colegas de classe haviam escrito para contar sobre as férias. Entre as cartas, uma de Draco Malfoy chamou sua atenção. Ele a convidava para uma tarde de chá e quadribol na mansão Malfoy, mencionando que outros colegas da Sonserina e poucos Corvinais também estariam presentes.

Enquanto lia a carta de Draco, algo mais chamou sua atenção: uma carta assinada por Nico e Pene. Curiosa, Holly a abriu e começou a ler. Seus olhos se arregalaram quando percebeu que era um convite para um chá secreto, organizado pelo próprio criador da Pedra Filosofal.

Ela se recostou na cadeira, seus pensamentos voltando para a noite em que roubara a pedra.

— Como será que ele descobriu? — murmurou para si mesma, intrigada e ansiosa para saber mais sobre o convite misterioso. Ela havia previsto esse risco quando decidiu roubar a Pedra e tinha planejado como lidaria com isso.

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O homem sentou-se de maneira relaxada enquanto observava a garota atentamente. Eles estavam em uma confeitaria trouxa, longe dos olhares mágicos. Para quem visse de fora, pareciam um avô gentil saboreando uma fatia de bolo de chocolate e café com sua neta.

— Você afirma que eu tenho a pedra — disse ela, lançando-lhe um olhar penetrante. — Mas não sei a qual pedra se refere.

— Acha mesmo que um item tão valioso não teria um sistema de localização? — perguntou o homem com um sorriso cúmplice, seus olhos brilhando.

— Muito bem! Mas me pergunto por que permitiu que fosse escondida em uma escola onde até uma criança poderia encontrá-la.

O homem remexeu-se na cadeira, desconfortável por ser questionado por uma criança.

— Por que uma criança de 10 anos, com a vida inteira pela frente, precisaria do elixir da vida? — disse ele.

— Eu tenho 11 anos, quase 12! Ela estava lá, disponível, com acesso muito fácil — afirmou Holly em tom entediado. — Dizem que o único criador do suposto Elixir da Vida está morto.