Capítulo 7 - Expresso Vermelho

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Aquele último mês foi o melhor da vida de Holly. Um mês totalmente longe de qualquer pessoa que queria controlar a sua vida. Ela comia o que queria, dormia quando queria e ia aonde queria. Pela primeira vez em sua vida, não havia mais diretora de orfanato, pais adotivos, bullying infantil, líder da guilda de assassinos, tios abusivos e primo mimado.

Levou duas semanas para ler todos os seus livros escolares e então mudou para os livros complementares. Holly retornou ao Beco Diagonal algumas vezes para adquirir mais livros. Encontrou uma loja de itens usados, onde encontrou alguns livros interessantes. Infelizmente, não havia biblioteca pública no mundo mágico.

Ela também comprou pergaminhos extras para poder praticar a escrita com pena. Não estava sendo uma tarefa fácil e requeria mais prática, o livro poderia ajudar até certo ponto.

Chegou a visitar seus novos advogados, conheceu a sócia Greengrass, e eles assinaram o contrato de prestação de serviço, onde Holly garantiu que ela fosse a principal cliente da firma. Assim, caso processasse um dos outros clientes deles, ela teria prioridade.

Abbott demitiu o advogado Burker, e a Sra. Greengrass, que cuidava da parte jurídica, o processou por má administração e roubo.

Holly não iria permitir que ninguém lhe passasse as pernas.

Os pagamentos aos seus tios foram cancelados. Petúnia e Válter não teriam com quem reclamar, já que não sabiam como entrar em contato com o mundo mágico.

Ela passou a maioria dos seus dias, quando não estavam visitando Beco Diagonal, vagando por parques e lojas trouxas. Começou a escolher um novo parque toda semana para que ninguém começasse a se perguntar sobre uma criança de onze anos parecia passar muito tempo ali sozinha. Até considerou inicialmente ir para uma das casas Black, mas desistiu, deixaria para o próximo verão.

Os trouxas não pareciam capazes de notar os títulos dos livros, então não havia nenhuma preocupação com isso. Deduziu que era algum tipo de feitiço para repelir trouxas.

Por medida de segurança, experimentou alguns dos feitiços dos seus livros somente quando estava no Beco Diagonal. Não queria arriscar ser localizada.

Holly poderia muito bem não ir para Hogwarts e seguir para longe das pessoas que poderiam manipulá-la ou causar problemas, mas ela queria aprender controlar perfeitamente a magia, e para isso servia a escola, além disso, seria álibi perfeito para poder fazer alguns dos seus projetos.

Quando chegou 1º de setembro, ela pegou um táxi para ir à estação King's Cross.

Ela encontrou um carrinho e certificou que ninguém estava olhando para antes de colocar sua bagagem. Hedwig escolheu voar para Hogwarts em vez de passar a viagem em sua jaula ou no porta-malas com Holly.

Não teve dificuldade de encontrar a plataforma mágica. Munindo-se de coragem, ela correu para a barreira, e após a experiência um pouco enervante de atravessar uma parede, ela admirou a multidão de crianças de várias idades, pais chorosos e a máquina a vapor vermelha brilhante.

Embora o baú estivesse cheio, e deveria ser pesado, ainda era leve como uma pluma. Ela não teve dificuldade em transportá-lo para dentro do trem e colocá-lo em um compartimento vago.

Após guardar o baú sob o assento, pegou alguns pergaminhos, pena e tinta. Sua escrita ainda deixava a desejar, e ela queria ter uma letra apresentável. Holly odiava quando não saía bem em algo. Em seu treinamento na guilda, ela seria punida ou submetida a praticar até ser capaz de fazer com perfeição. Erros não eram tolerados.

— Ei, garota?

Ela olhou surpresa e viu um garoto de pele negra com dreadlocks parado na porta segurando uma caixa em uma mão e um baú na outra.

Holly Potter - Entre Mundos e VarinhasOnde histórias criam vida. Descubra agora