amor ou poder?

pai?

Irene sempre sonhou em ser mãe, era ótima com crianças, não que ela precisasse necessariamente de alguém pra realizar esse desejo, de fato ela tinha ótimas condições de criar uma criança sozinha.
Mas se baseando na infância horrível que teve de um pai desprezível e nenhum pouco carinhoso ou amoroso tanto com os filhos quanto a esposa.
Ela sempre sonhou também em encontrar um alguém que exercesse o oposto desse papel de pai.
Ela queria alguém que a amasse a ponto de achar até seus defeitos perfeitos, um alguém que a deixasse com borboletas no estômago apenas com o olhar, ela queria alguém que amasse esse papel de pai um alguem que a quisesse  como mãe de um filho .

Os dias foram passando ela já estava com 14 semanas, havia conversado com Petra a qual fingiu surpresa já que havia visto os exames escondida.
A menina ficou feliz, sabia do caso passageiro que a Geóloga havia tido com o pai, porém as duas logos se desentenderam assim que a menina começou a pressionar Irene a contar para Antônio.
Ela queria muito contar mais não sabia como, queria que ele fizesse parte daquilo era um filho! Um filho dele.

- Olha só você não pode simplesmente fingir que essa criança não tem pai, porque ela tem ! Petra exclamou num tom alto a olhando .
Além do mais meu pai vem pra São Paulo ele tem uma reunião de negócios  e vou almoçar com ele, se você não contar eu mesma conto .

Assim que Irene iria retrucar a menina já havia saído como um furacão a deixando um tanto nervosa .
Ela o amava isso era nítido mais pra ela já tinha se passado tanto tempo que ela não sabia como chegar em Antônio e simplesmente falar que ele seria pai novamente, começou a imaginar a reação do mesmo.
Será que ele iria gostar ou simplesmente odiar a notícia!
Eram muitas dúvidas e medos, mas ela iria resolver tudo .

- Olha meu amorzinho te prometo que vamos resolver tudo isso ! Ela conversava com a barriga que já estava ganhado forma .

Mesmo contra gosto mandou mensagem a Petra a avisando que contaria para Antônio sobre a gravidez, a menina se desculpou pela forma como falou com a mais velha.

Antônio chegaria em uma quinta feira  e ficaria na cidade até segunda de manhã.

Petra foi receber o pai e o acompanhou no primeiro dia ele estava hospedado em um hotel luxuoso na avenida Paulista .

Entre conversas o nome de Irene foi citado e Petra percebeu como o pai ficou .
- E ela como está?
- ela ? Ela tá bem sim, uma ótima professora! Me ajuda muito pai, tanto dentro quanto fora da faculdade .
A menina falava alegre contagiando o pai que amava ver a relação das duas que se davam muito bem .

- Fico feliz que vocês estejam bem ! Ele a abraçou.
- Bom agora tenho uma reunião você já vai pra casa ou vai esperar ?
- Já vou pai, eu vou dar uma saída e depois vou pra casa mais amanhã eu volto aqui .
Ela o beijou na bochecha e quando estava abrindo a porta se virou.

- A propósito pai a Irene vai te ligar, ela precisa falar com você.

E a menina se foi deixando um Antônio um tanto feliz e ansioso pela ligação que estava a prestes a receber.
Oque ela queria com ele?
A pergunta que nao saia de sua cabeça.
Passou a reunião com a cabeça nas nuvens não prestou muita atenção nos demais dentro daquela sala .
A reunião tinha acabado fazia mais de 40 minutos e ele continuava andando pra lá e pra cá com as mãos nos bolsos e suando frio.

Irene estava do mesmo jeito em seu apartamento andando de um lado para o outro então resolveu que era hora de resolver tudo.

- Alô Antônio? Ela disse em um tom suave mais apreensiva.

- Irene? Oi aconteceu alguma coisa ? A Petra disse que você precisava falar comigo ?
Seu tom era de pura curiosidade e alegria depois de meses sem ouvir aquela doce voz aquilo pra ele era um alívio.