Hate & Desire - O Direito de Amar

✧ six: study.

Minhas mãos soam e tremem ao esperar o resultado da prova. Provavelmente eu não fui nada bem, já que ontem passei a maior parte do tempo longe de livros e cadernos.

-Calma, amiga! Vai dar tudo certo. - Jessica segura na minha mão.

-É, sua nota vai ser ótima, você vai ver. - Giselle confirma.

-Não, gente, vocês não entendem... - eu coloco a mão sobre os olhos.

A professora então entrega as provas para Jess, eu e Giselle, respectivamente.

-Um B! Até que não fui tão mal assim! - Jessica comemora.

-Eu tirei C+, podia ter sido melhor. - Giselle diz pegando o papel de sua mesa.

Ao olhar para minha folha, a primeira coisa que vejo é um F enorme em vermelho no canto superior direito.
As meninas se olham e Jess coloca a mão no meu ombro.

-Ah, você veio do Canadá, ainda está se adaptando por aqui. Não tem problema! Na próxima você estuda mais, ok? - Jessica fala olhando nos meus olhos e eu assinto com a cabeça.

-Senhorita Murphy? Poderia me acompanhar até minha sala, por gentileza? - a professora Murray interrompe nossa conversa.

-Claro. - eu assinto, já sabendo que ela vai falar da minha nota.

Me levanto da cadeira e acompanho a professora até sua sala. Ao entrar, ela fecha a porta e pede para eu sentar em uma cadeira.

-Senhorita Murphy, Gostaria de conversar com você sobre sua nota. Percebi que tirou a nota mais baixa da turma, mas você sempre participa das aulas e dá o seu melhor, o que não faz sentido. - a professora Murray diz.

-Bom, eu vim do Canadá um pouco antes das aulas começarem. Eu me esforço nas aulas, porém estou sem tempo para estudar em casa com a mudança. - eu explico.

-Então acho que já sei a solução para o seu problema. - ela diz. -Se está sem tempo para estudar fora da universidade, talvez aulas particulares ajudem você. Concorda com a ideia?

-Claro, se isso for me ajudar mesmo... - eu concordo.

-Ótimo. Estou te ajudando pois sei que se esforça. E se você se esforça, então merece minha ajuda. - ela diz.

-Obrigada. - eu agradeço e assinto com a cabeça. -E quando começam as aulas?

-Hoje mesmo, se você concordar. Como está em semana de provas, vai te ajudar a tirar notas boas logo no primeiro semestre.

-Tudo bem. - eu assinto.

-Vou marcar as aulas com Anthony Jones, às 15h. Tudo bem para você? - ela pergunta e eu me espanto.

-O quê? Não! - nego.

-Ok... Prefere às 14h? - ela parece confusa.

-Não é o horário... Quero dizer, por que com o Anthony? - eu pergunto.

-Ah, sim. Ele é o melhor aluno que temos aqui na universidade. E foi o melhor aluno que tivemos no ensino médio. Ele é perfeito para o que precisa.

-Mas eu não posso ter aulas com um professor, ou sei lá? - eu pergunto, implorando por dentro para que essa ideia do Anthony me dar aulas seja esquecida pela professora Murray.

-Jones é o que melhor se encaixa na sua situação. - ela diz e fecha o fichário em cima de sua mesa, o que me deu a impressão de "caso encerrado".

Sem ter mais argumentos, eu apenas aceito meu triste destino de ter aulas com o garoto mais chato da universidade: Anthony Jones. A professora me acompanha até a sala de aula, que já está vazia agora. Ela confirma comigo: hoje às 15h. Eu apenas concordo sem nenhuma opção. Pego a minha bolsa e vou embora.