Quatorze

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Giovanna Meneses
📍rio de janeiro, copacabana
📆 01 de outubro de 2023

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Quando o meu tempo limite bateu, o meu contato me encarou da porta. Assenti e fiz o número cinco com a mão, pedindo só mais cinco minutos para tomar um drink. Me direciono ao bar e sento no banco disponível, esse era o segundo bar que tinha, um de drinks normais e um de drinks havaianos e praianos. Retiro o telefone da bolsa, de forma discreta já que é proibido, e vejo que já meia-noite e vinte.

Gabriel Barbosa estava aqui, mas já saiu a uns minutos com uma moça loira. Pelo que ouvi, ele e Neymar dividiram a mesma garota — a loira que o acompanhou — porque segundo o lil festinha, o NeyQueda tinha passe livre já que ele (Neymar) deixou ele (Gabi) pegar a irmã dele. Se referindo a RafaIrma. Nem acreditei quando ouvi a frase, quis rir e me meter e dizer "jura?". Mas era perigoso e a IrmaNey, não merece minha defesa. Ai, adoro dar apelidinhos para gente fútil, eu acho icônico.

— Um martini duplo, por favor. — Sorrio para o barman, que começa a preparar meu pedido.

Passo o olho pelo salão da festa, que agora está em sua grande maioria na parte externa da casa. Avisto o próprio Neymar, aos beijos com duas garotas ao mesmo tempo. Dou risada e anoto para mandar a Fifi, em coletânea. Quando ele eu o olhar, vi Leonardo do outro lado, rindo bastante com uma loira. Poxa, aqui virou a filial da JK Estética? Ou o Neymar tem algum patrocínio com marca de descolorante?

Quanta loira siliconada, lipada e com a cara parecendo que foi desarmonizada. Não que eu seja a menina mais padrão que eu conheça, perto da Yazi eu sou um cocô de bosta, mas certeza que eu sou mais bonita que a menina que Léo está dando bola. Ele dá risada, acariciando o rosto dela, sussurrando coisas no ouvido dela, a puxando para mais perto um pouco.

— Aqui. — O barman diz, e desvio o olhar, no segundo que Léo olhou pra mim.

Que ódio, agora parece que eu estava evitando olhar. Pego a taça e bebo o martini olhando para lá outra vez, engolindo de uma vez. Peço um shot de tequila e logo sou servida, bebo de uma vez.

— Me dá um uísque agora. — Peço, mordendo o lábio para o barman.

Ele suspira meio nervoso, quando me inclino e meus seios ficam marcados e rechonchudos. Sorrio igual uma puta no cio e rapidamente ele me serve com o uísque. Olho de volta a Léo, que beija o canto da boca da moça, olhando pra mim. Filha da puta. Desço do banco, e me inclino no balcão, empinado me a bunda; puxando o barman pela gola, colando minha boca na dele.

Sinto uma onda se espalhar pelo meu corpo. Ele começa a me beijar devagar, mas logo devora minha boca, puxando os cabelos da minha nuca. Ainda bem que ele não é feio, muito pelo contrário, um moreno cabeludinho, com os músculos definidos e algumas tatuagens no braços. Pele bem morena e bronzeada, tipicamente carioca. Me afastei ofegante, dando um sorriso.

— Brigada. — Digo.

— Se precisar, estou aqui. — Me roubou um selinho e quis pular o balcão, mas meu objetivo já tinha sido atingido.

Pego a taça, a bolsa e arrumo a saída de banho. Olho para Leonardo, que está aos beijos com a loira plastificada, caminho decidida até eles e sem querer — com todo o querer do mundo —, derramo todo o uísque no corpo da baranga. Eles se separaram abruptamente.

— Mas que... — Ela começa.

— Ah meu Deus, me desculpa. — Lamento, fazendo um teatrinho. Passo a mão, sujando mais do que realmente tentando ajudar a limpar.

— Nossa, que droga. — Léo fala, ainda com as mãos nela e afastando as minhas.

Me irrito e empurro ele com a minha bunda de forma bem discreta, tirando as mãos dele dela, e ajudando a loira.

𝐈𝐆𝐔𝐀𝐑𝐈𝐀 ━━ Leo PereiraOnde histórias criam vida. Descubra agora