Capítulo 6 │ Aquela Dose de Adrenalina

823 71 160
                                    


S/n POV

Abro os meus olhos abruptamente e me sento em alerta, completamente ereta, após escutar muitos murmúrios dos outros candidatos.

— ACORDEI! Já chegamos? O que eu perdi? — olho para Gon e Killua, que estão me encarando com um olhar estranho — Que foi?

Gon— N-Nada. É que você levantou muito rápido, simplesmente do nada.

— Acho que foi reflexo, sei lá. Escutei todo mundo mais agitado que o normal. O que está acontecendo?

Killua— Nós chegamos na ilha, mas estão liberando cada candidato em um intervalo de 2 minutos por ordem de saída da torre, do primeiro ao último lugar, de novo.

— Então ainda vamos ter que esperar por um tempão...

Gon— Sim. Também disseram que temos uma semana para acumular os pontos, e depois devemos retornar para cá.

— Calma. Uma semana? Vamos ficar naquela ilha por uma semana?

Ele balança a cabeça, fazendo que sim.

— Tsc! Que chatice!

Me ponho de pé e alongo meu corpo, expirando o ar.

Isso vai ser um saco.

Não me anima a ideia de ficar em uma ilha cheia de gente que poderá tentar me caçar a todo o momento por uma semana inteira. Pego o cartão com o meu alvo e o encaro por alguns instantes.

Espero que ao menos tenha alguma ação durante o tempo que vamos ficar na ilha.

Não demora muito para que seja a minha vez de sair. Desejo boa sorte para os rapazes e, logo, estou correndo em uma direção aleatória para me afastar dos demais. Após algum tempo, paro de correr e olho ao redor.

Só árvores, pedras e mais árvores. Vamos ver se eu não vou acabar morrendo de tédio antes do prazo acabar.

Eu fecho os olhos para focar nos sons ao meu redor, controlando minha respiração, uma habilidade que aprendi com minha mãe em algum momento da minha vida. Essa técnica tem se mostrado eficaz para identificar objetos ou presenças próximas, sendo particularmente útil na prevenção de ataques sorrateiros.

Ouço um som suave e fluído não muito distante. Água, talvez? A melodia suave sugere a presença de um riacho nas proximidades, seu murmúrio ecoando como uma canção tranquila na paisagem. Meus pés me conduzem até a fonte do som, e, conforme esperado, deparo-me com um riacho raso com água corrente que não parece ter início nem fim.

Ótimo. Estou praticamente sendo obrigada a voltar à era primitiva.

Se pretendo sobreviver nesta ilha por sete dias, a abordagem mais sensata seria permanecer próxima deste riacho, que servirá como fonte de água, caso se torne necessário.

Olho para o céu e, de acordo com a posição do sol, ainda irá demorar um pouco para escurecer. Solto um suspiro, já farta deste lugar. Para passar o tempo, resolvo aprimorar minhas habilidades com a minha adaga por algumas horas, pois é melhor prevenir do que remediar.

Este momento também é propício para refletir sobre as palavras da minha mãe na carta, mantendo minha mente ocupada enquanto treino.

O que, especificamente, tornava minha mãe única, que eu possivelmente poderia ter herdado dela? O que pode acontecer comigo futuramente com base nessa teoria? Por que ela nunca me deu nenhuma pista sobre essa tal coisa que eu posso "despertar" eventualmente?

Com o cenho franzido, corto o ar violentamente em diferentes direções com minha adaga, me sentindo irritada diante de tantas incertezas que circulam na minha mente.

Sharp Love - Killua x Leitora [Hunter x Hunter]Onde histórias criam vida. Descubra agora