How to save a life - Sevmione/Snamione

Capítulo 16 - Piedade

Nota da autora: eu realmente gostaria de dar todo meu carinho para quem comentou e aguardou até a atualização da fic. Estou com a vida super corrida no momento (estudando para concurso, começo de ano na clínica e toda a organização de janeiro), e isso acabou afetando um pouco na minha criatividade na escrita. Por outro lado, consegui me atualizar de algumas leituras e conquistar novos repertórios para traduzir aqui.  Obrigada pela paciência e por ainda estarem aqui. Espero que gostem! <3

...

You've got a hold on me

Don't even know your power
I stand a hundred feet
But I fall when I'm around ya

Show me an open door
And you go and slam it on me
I can't take anymore

Mercy - Shawn Mendes

...

Hermione sentiu seu corpo pesado e cansado, a sensação com certeza deveria ser parecida com a de ser atropelada por um trator.

Ela se virou na cama, puxando o edredom acima de seus ombros e resmungando de preguiça, e ouviu Bichento reclamar enquanto desistia de deitar sobre ela e pulava em direção ao chão.

De repente, quando ela estava prestes a cochilar novamente, sentiu uma respiração quente próxima de seu rosto.

— Ah! — Hermione gritou enquanto se jogava para trás, puxando o edredom consigo e procurando cegamente por sua varinha na mesa de cabeceira.

Ela tateou até encontrar o bastão, e então, com as costas doloridas devido a queda repentina, forçou-se a levantar e abrir os olhos.

Havia um Severus Snape no mais extremo oposto possível do quarto, as costas quase coladas na parede, e erguia as mãos como quem se rendia.

— Desculpe, eu já vou embora! — Ele disse com afobação. — Não tinha certeza se você gostaria que eu ficasse, então eu...

A memória da noite anterior invadiu de uma só vez os pensamentos de Hermione. Ele ainda estava falando e se desculpando e explicando alguma coisa que ela não estava conseguindo ouvir, os pensamentos tontos completamente voltados para o fato dele estar usando apenas uma cueca box, e ela enrolada no próprio edredom, ainda apontando a varinha pra ele.

Ele estava juntando as roupas espalhadas pelo quarto, amontoando-as apressadamente sobre o braço.

— Bom dia. — Hermione interrompeu enquanto abaixava a varinha, sentindo o rubor aquecer suas bochechas.

Ele parou o movimento, olhando-a com cuidado enquanto sua respiração permanecia acelerada.

— Bom dia, senhorita Granger. Eu já estou de saída, juro que não queria...

— Não, não! Você pode ficar, eu só... faz muito tempo que eu não acordo... — ela apontou para o espaço entre eles. — desse jeito. E você pode me chamar de Hermione, se quiser.

O rosto dele se transformou em uma estranha careta, que logo Hermione descobriu que era sua demonstração mais sincera de um sorriso tímido.

Um sorriso que Hermione recém havia descoberto que existia, que ocupava uma covinha única do lado direito de seu rosto.

— Hermione.

Lembrando-se que ainda estava nua por baixo de toda aquela camada de cobertas, Hermione tossiu.

— Eu... vou tomar um banho.

— Certo.

— Se quiser ir tomando café, pode ficar à vontade.