Chegamos bem na Bahia. Meu irmão levou a gente pro hotel perto da festa. Jogamos várias fitas, rimos, nem vimos o tempo passar. Quando ele saiu, começamos a nos arrumar.
Entre brincadeiras, percebo os olhares da Emilly pro meu irmão... olhares maliciosos. Talvez ela tenha curtido o moreno tatuado.
— Emilly, já pensou em realmente falar com seu amigo de infância? — jogo o cabelo pro lado, me olhando no espelho.
— Thiago? — pergunto, observando os stories dos bastidores dele.
— Sim! — Clara comenta, bebendo água.
— Mínima chance. Aposto que ele ia achar que era interesse.
— Não vai que rola! — digo, passando o gloss.
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Mal sabia eu que ele era da equipe do Veigh. Eu sabia que meu irmão trabalhava com shows, mas não pensei que fosse logo com o cara mais lindo. Meu coração estava a mil.
Seguimos pelo corredor até o camarim. Respiro fundo. Meu mano percebe que tô nervosa e segura minha mão. As meninas, mais ansiosas pelo MC Cabelinho do que pelo Veigh.
De cara, vejo Thiago de costas, conversando com os amigos. Ele se vira quando percebe a gente. Sorriso no rosto.
— A sua irmã? — ele pergunta pro meu irmão, olhando diretamente pra mim. Me abraça. Eu grito de felicidade, emocionada.
— Calma, mulher. — ele ri.
— Nem acredito, mano... — minha voz treme.
— Ela tava desse jeito antes mesmo de vir conhecer você. — meu irmão fala convencido.
— Não sabia que era tão animada assim. — Thiago sorri de lado.
— Você ainda me reconhece?
— Só lembro de uma mina tímida na quadra...
— E é ela mesma. — ele confirma.
Meu coração dispara. Aquele frio na barriga toma conta. Enquanto o show não começava, ele me chamou pra trocar ideia com os meninos. Mesmo com os olhares de todos sobre mim, me senti bem ao lado dele.
Logo, descemos pro open bar. O garçom trouxe gin.
— Então você é a Gabriella? — ele me olha nos olhos, depois desliza o olhar pelo meu vestido azul.
— Sim. Você lembra de quando a gente jogou futebol?
— E você arrancou o asfalto com o pé! — ele cai na risada.
Eu também rio. Era bom ver que ele ainda tinha aquela lembrança.
A conversa estava leve, mas de repente, ele se aproximou do meu ouvido. Sua voz grave me arrepiou inteira.
— Eu gostei muito de você.
Coramos. Nossos olhares se cruzaram.
— Eu também gostei de você. — confesso, olhando a taça de gin vazia.
Ele sorri, chega mais perto e me beija.
Do outro lado, Emilly arregala os olhos.
— Menina, olha aquilo embaixo! — ela cutuca Clara.
— O quê? — Clara procura, até que Emilly mostra.
— Não acredito... a Gabi beijando o Veigh! — ela ri chocada.
Do lado, Ghard também sorria, vendo tudo.
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Mais tarde, já perto do palco:
— Menina, me conta tudo! — Emilly insiste.
— Você me interrompeu e quer saber? — rio, sem acreditar ainda.
— Tá cedo demais pra isso, hein... — Clara comenta, mas eu percebo Veigh, Gabriel e Ghard lá em cima, olhando pra gente.
— Caralho, você já beijou logo de cara? — Gabriel provoca.
— Não, cê é louco. Eu pirei nela, ela é legal pra caralho. — Veigh ri, tímido.
— Tô pirado em uma também. — Ghard comenta, mordendo o lábio.
Felipe aparece na porta, ouvindo a conversa.
— Quem? A Emilly?
Veigh encara ele e solta o papo reto:
— Não é por nada não, mas eu beijei sua irmã.
Felipe o encara sério.
— E o quê? — responde firme.
O clima pesa. Gabriel só solta:
— Vish...
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JEITO BANDIDO- Veigh
Romance"Eu não converso sobre problema, eu só resolvo e pronto Nóis vive de dia que é pra ter o que gravar de noite Antes não queria, agora quer, só porque eu tô no fogo Eu vou foder com essa garota porque eu tô pra jogo"
