Someone to Stay - Starchaser

Capítulo 5

E passou tão rápido que Regulus mal viu.

Pandora, Evan e Barty estavam enrolando para voltar a Hogwarts, e Severus por alguma razão insistia em acompanhá-los. Regulus não sabia porque, mas era realmente grato. Ele não sabia o que faria se fosse só ele e Monstro naquela casa.

Quando ele percebeu, ele estava em uma cama de hospital, sentindo dores fortes o atingindo no pé de sua barriga. Lhe deram uma poção e logo ele estava dopado, completamente anestesiado, sem sentir dor ou conseguir distinguir alguma coisa ao seu redor. O parto seria cesária, obviamente, e ele esteve completamente inerte a maior parte dele, vendo apenas pessoas borradas andando de um lado para o outro e ouvindo as vozes abafadas dos medibruxos especializados em veelas.

Ele acordou quase um dia inteiro depois, olhando em volta confuso e se sentindo horrivelmente cansado. Seus olhos logo encontraram os de Pandora, que estava lendo um livro ao lado da cama em que ele dormia.

— Reggie, você acordou, finalmente! — Pandora soltou um suspiro, aliviada, quando notou seus olhos abertos. — Você dormiu tanto e, e... Eu fiquei tão preocupada! Não me assuste assim outra vez, está me escutando? Nunca mais!

— Consigo ver porque dormi tanto... — Regulus disse, um pouco rouco e visivelmente cansado. — Inferno, nunca me senti tão morto.

Pandora riu, lágrimas de alívio e alegria descendo de seus olhos como cascatas que ela não se importou em enxugar.

— Aurora nasceu bem, Regulus! É uma garotinha saudável e adorável! — Pandora disse, um sorriso lindo brincando sobre seus lábios. — Parabéns, papai!

— Cadê? — Regulus pediu imediatamente, ansioso. — Onde ela está? Eu quero segurá-la, Dora, onde ela está?

Pandora sorriu mais ainda, antes de dar a volta na sua cama e caminhar até um berço hospitalar que ele nem percebeu que estava ali. Ele viu ela enfiar suas mãos vagarosamente, pegando com cuidado um pequeno bebê, e então ele estava se forçando a se sentar direito na cama.

Ela caminhou com cuidado, dando para o amigo com mais cuidado ainda. Regulus sentiu seus olhos se encherem de lágrimas, e por fim, ele riu. Pandora riu junto, ambos emocionados demais para não chorarem. Dia 22 de janeiro de 1979, este foi o dia que ela nasceu. Este foi o dia que Aurora veio ao mundo e provavelmente o dia mais feliz que Regulus teve até aquele momento.

— É tão frágil, minha pequena. — Regulus disse, beijando suavemente a testa da pequenina. — Minha pequena estrela, minha pequena Aurora.

Como se sentisse a presença do pai, a bebê abriu os olhinhos, tão sensíveis que eram maravilhosos de se ver. Azuis acinzentados, idênticos aos de Regulus. A pequena tinha ralos fios castanhos em sua cabeça, olhos azuis acinzentados e um olhar doce e inocente.

— Ela tem os seus olhos. — Pandora disse, sorrindo de orelha a orelha. — Pelo menos isso, hein? É a cara do Potter, cruz credo. Como você disse mesmo? Que ia ficar frustrado? Ah, agora engula, ela é praticamente uma cópia dele!

Regulus riu, divertido. Mais tarde ele poderia se preocupar com o quão arriscado era ela ser parecida com James e reclamar sobre isso, agora ele só podia sorrir e segurar sua bebezinha.

Era inacreditável, porque em menos de nove meses atrás, ele nem sonhava em ser pai. Nunca tinha passado por sua cabeça ter outra vida em suas mãos, mas agora que ele observava a pequena menina em seus braços... Ele só conseguia pensar no quão certo isso parecia ser. Ter Aurora era certo, era isso que era para ser.

— Como vai o mais jovem pai que conheço? — Melanie perguntou ao passar pela porta. Regulus achava engraçado o quanto ela gostava de frizar que ele era jovem demais para ser pai. Só tinha dezessete, afinal, mas não era exatamente culpa dele. Além do mais, tinha pessoas bem mais jovens que ele que já tinham filhos. — A pequena nasceu saudável e bem, Regulus. Mas tenho uma bela lista de proibições para você a partir de agora!