Someone to Stay - Starchaser

Capítulo 25

Sei lá era para sair amanhã, mas deu vontade de postar hoje então eu vou postar hoje.

Regulus se sentia nervoso.

Enquanto James dirigia em direção a casa de seu pai, ele foi pensando em tudo que vinha acontecendo recentemente. Mais precisamente, no avanço da doença de seu pai, que estava ficando cada dia mais fraco. Órion quase não andava mais, e quando o fazia era por pouco tempo e apoiando todo seu peso naquela bengala. E Regulus estava com medo, com muito medo. Porque ele amava seu pai, e não queria perdê-lo. E isso o levava até a conversa que teve com James mais cedo e de como foi confortado com palavras que o fizeram ver o lado positivo que ele nem tinha percebido que aquela situação poderia ter. Tinha sido reconfortante, e James não mentiu dizendo que tudo ficaria bem. Estava muito mais que óbvio que não estava.

— Chegamos, Reggie. — James avisou, o analisando cuidadosamente e acabando por tirar Regulus de seus pensamentos conflitantes.

— Hun? Ah, sim. — Regulus assentiu, se virando para Arcturus para tirá-lo de sua cadeirinha. — Vamos sair, garotão? Que tal ver o vovô? Aposto que ele deve estar morrendo de saudades de você.

— Dah! — foi a única resposta de Arcturus, para a diversão de Regulus.

— É, ele deve estar com saudades. — Regulus repetiu, pegando o menino nos braços enquanto James abria a porta do veículo para ele sair. — Obrigado, James.

— De nada, amor. — James respondeu, passando seu braço por cima do ombro de seu Reggie e o acompanhando. — Depois que pegarmos as crianças na escola, quando for mais ou menos umas três horas, por que não os levamos para brincar na praça aqui perto? Lá tem uma sorveteria e eu tenho certeza que o Harry e a Aurora iriam adorar.

— Você adora entupir seus filhos de besteira, hein? — Regulus bufou, revirando os olhos para o mais velho enquanto fingia que não tinha sido afetado com a forma que James lhe chamou. — Mas, sim. Nós podemos ir. Tenho certeza que a Serp adoraria a ideia de tomar um sorvete com todos nós reunidos.

Uma lâmpada pareceu se acender na cabeça de James assim que ouviu o apelido baseado no segundo nome de sua filha. Eles não tinham ido ao cartório para organizar o nome dela, ela ainda estava registrada apenas como uma Black. Era um ponto importante que não deveria ter sido esquecido, mas em meio aos conflituosos sentimentos dele e de Regulus foi.

— Sabe o que eu me lembrei agora? — James perguntou e Regulus soltou apenas um rápido “hun?”, abrindo a porta com as chaves extras que seu pai lhe dera. — Nós não fomos ao cartório registrar Aurora como minha filha. O nome dela ainda está apenas como Black.

— Ah, é mesmo. — Regulus franziu o cenho, como quem só se lembrava daquilo naquele momento. — Podemos ir depois do almoço ajeitar, se você quiser. E de lá nós vamos direto para a praça. O que acha?

— Acho uma ótima ideia. — James sorriu, brilhante, e Regulus segurou o sorriso. Ele ficava feliz toda vez que Regulus dizia sim para ele, mesmo que fosse pelas coisas mais bobas possíveis. Se o Black fosse totalmente sincero, diria que era adorável. — Ah, Órion, senhor. É realmente bom vê-lo.

Regulus desviou os olhos de James para olhar para o pai, que vinha devagar em sua direção se apoiando em sua bengala. Ele sorriu, automaticamente, embora sua preocupação tenha ficado evidente quando notou que seu pai estava ainda mais pálido do que o comum. E com mais dificuldade para andar também.

— Também é bom ver você, James. — Órion respondeu ao cumprimento, tomando a liberdade de o chamar pelo primeiro nome. Ora, se era o possível futuro namorado do seu filho ele tinha esse direito, não é?