Para Quando Você Me Amar

《Capítulo 10》

Os dias se passavam numa velocidade incalculável. A pesquisa de Jimin e Jungkook ia criando vida a cada passo que eles davam juntos.

E eles, mantinham uma boa convivência. Mesmo que lá no fundo, um sentimento estranho de continuar cada vez mais perto daquele homem de cabelos cor de rosa fosse crescendo dentro de Jungkook. E ele, não sabia como parar isso.

— Precisamos pedir a opinião do professor Kim para podemos dar continuidade, Jungkook.

— Vai por mim, eu sei que ele vai gostar do jeito que está.

— Como pode ter tanta certeza assim?

— Sei lá, eu apenas tenho.

— Nossa me passou muita confiança agora. — Riu com ironia.

Jungkook nesse momento estava no pequeno apartamento onde Jimin morava.

Fazia algumas horas que os dois estavam trabalhando na pesquisa, e ambos queria que tudo fosse perfeito.

Mas de acordo com Jimin, eles precisavam saber o que Namjoon achava da nova ideia que Jungkook teve.

— Jimin é o seguinte, vamos focar na época em que o professor era um calouro como a gente. Além de mostrarmos como as coisas eram naqueles tempos, vamos fazê-lo relembrar da infância. — Disse com entusiasmo.

— E se ele não gostou do tempo que era apenas um calouro? Você já pensou nisso?

— Já. E na minha opinião...

— Sua opinião não importa aqui. O quê realmente importa é entregarmos um trabalho bem organizado, mostrando como a nossa universidade é incrível e ponto final. — Jimin cruzou os braços mantendo sua decisão.

Jungkook mordeu os lábios com força, estava se irritando com a falta de companheirismo do outro.

Ele devia se dá pelos menos a oportunidade de tentar a ideia que Jungkook tinha. Não tem como saber se daria certo sem tentar.

— Escuta Jimin...

Jungkook o chamou e ele o encarou.

Eles estavam indo tão bem nos últimos dias, sem brigas ou discussões bobas. Só que agora, parecia que Jimin tinha virado do averso.

— Você sabe que minha ideia não é tão ruim assim, apenas está com dor de cotovelo porque ela não saiu dessa sua cabeçinha cor de rosa. Não é? — Proferiu com tom de deboche, provocando jimin que sorriu incrédulo com as palavras de Jungkook.

— Então faremos do seu jeito, senhor Jeon sabichão. — Jungkook gostou da sensação boa de provocá-lo.

E gostou mais ainda quando viu que Jimin ficava ainda mais atraente quando estava bravo.

— Só mais uma coisinha... — Jimin que estava sentado ao lado do outro se aproximou o suficiente para ficar cara a cara com Jungkook, fazendo o seu coração disparar.

Olhando para seus olhos com atenção e desviando o olhar para os lábios de Jungkook, Jimin continuava fitando a face que parecia indefesa nesse momento.

— Esse cheiro... — Ele se aproximou um pouco mais até que seu nariz pudesse escostar na pele do pescoço de Jungkook, que estava quase sofrendo um desmaio com a velocidade que seu coração estava batendo.

— Gosto, eu gosto do cheiro que você tem. — Jimin Declarou se afastando logo em seguida como se nada tivesse acontecido.

Paralisado no lugar, sem saber o que fazer Jungkook apenas respirava tentando acalmar seus batimentos descontrolados.

Quais eram as intenções de Jimin ao fazer isso? Jungkook se perguntava enquanto o olhava.

Será que ele esqueceu o que aconteceu daquela vez?

As palavras de ódio, o tapa que deu em Jungkook?

Por um lado Jungkook queria aquele tipo de aproximação com Jimin. Mas havia uma parte sua que tinha prometido não tocá-lo novamente, e as lembranças que o levaram a fazer essa promessa ainda eram vivas em sua memória.

Eu vou cumprir a minha promessa, tenho que cumpri-la até o fim. Jungkook dizia para si mesmo enquanto tentava focar sua atenção somente na pesquisa.

Precisava ignorar o fato que Jimin a cada dia despertava ainda mais o seu interesse.

Juntando o pouco de coragem que lhe restava ele olhou dentro dos olhos de Jimin e disse:

— Acho que por hoje é só. — Jimin levantou uma de suas sobrancelhas ao ouvi-lo. Sua expressão parecia surpresa, talvez não fosse isso que ele quisesse que Jungkook lhe falasse nesse momento.

— Também acho. Não falta muito para terminarmos. — Disse suspirando aliviado.

Jimin não conseguia notar, ou se conseguisse estava ignorando o fato rel que Jungkook agora não estava confortável. E a culpa era totalmente sua.

Quais eram os verdadeiros planos de Jimin? Outra vez Jungkook se perguntou enquanto se levantava do sofá marrom no meio do pequeno apartamento onde o outro morava.

— Eu já vou indo...

— Vai lá, a gente se ver na universidade. — Sem olhá-lo ou acompanhá-lo até a porta Jimin disse enquanto digitava alguma coisa no celular.

Jungkook então suspirou com um olhar baixo e caminhou até a saída, quando atravessou a porta simples de madeira o seu peito doeu.

Mas não era uma dor física. Não sabia o que significava aquela sensação de que algo estava faltando.

Com a mão sobre o peito ele o apertava fortemente na intenção de afastar aquele sentimento esquisito que o estava adoecendo pouco a pouco.

Não tinha como gostar de Jimin, e se tivesse, Jungkook não queria gostar de alguém que só estava consigo por causa de uma pesquisa besta.

Era impossível manter sua mente dominada quando Jimin estava por perto, seus pensamentos ia de puros aos mais indecentes.

Sentia diversas vontades e não podia saciar sua sede. Sede essa que não era de água ou de algum tipo de bebida alcoólica e sim, dos lábios cruéis de Jimin.

— Eu vou acabar enlouquecendo desse jeito! — Passaou as mãos nos cabelos com força, enquanto entrava no carro que tinha deixado estacionado do lado de fora do prédio de Jimin, já que o mesmo não possuía um estacionamento.

Com as mãos segurando firmes no volante, uma ideia não muito boa mas que no momento lhe ajudaria a tirar o som da respiração de Jimin da sua mente surgiu.

Com isso, Jungkook pegou celular e procurou por o número de alguém que jurava nunca mais voltar a se relacionar novamente.

A ligação logo começou a chamar e logo foi atendida:

— Alô?

— Onde você está Taehyung?

— Em casa, porquê?

— Nada, eu estou indo aí agora.

Essas foram as únicas palavras que Jungkook disse antes de desligar e ligar o carro saindo rapidamente.

Precisava matar esse desejo que estava o consumindo, e não importava com quem seria.

O importante era que, iria manter a promessa de não tocar em Jimin novamente, intacta.

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