《Capítulo 14》

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A barreira entre Jimin e Jungkook se tornava cada vez maior, e cada vez mais difícil era para derrubá-la.

Jungkook sabia que precisava apenas cortar os veículos que tinha com Taehyung. Mas, o problema era que sua imaturidade o fazia continuar permitindo que o outro possuísse o poder para manter distante aqueles que realmente valiam a pena.

Para Jimin, Jungkook não significava absolutamente nada. E do jeito que ele entrou em sua vida bruscamente, também o retirou sem utilizar esforços.

Park Jimin era um homem com princípios e acima de tudo, um homem que se valorizava.

Primeiro ele, segundo ele, terceiro ele. E se viesse um quarto, ainda sim seria ele.

Jimin sempre se colocava em primeiro lugar. Então, Jungkook era só um estranho que esbarrou consigo na saída de uma loja qualquer, em um dia qualquer, que por sinal teve a infelicidade de estudarem na mesma universidade.

Os encontros inesperados que os uniram, não traziam boas lembranças para Jimin. E portanto, ele preferia apenas viver sua vida e ignorar o fato de que, Jeon Jungkook existia.

O que não me acrescenta em nada, não possui o poder de me tirar da minha paz e tranquilidade.

Esse era o seu pensamento.

Enquanto de um lado Jimin continuava sua vida tranquilamente, do outro, Jungkook se inundava em um martírio de raiva e ressentimentos pelo de cabelos rosados.

A falta de atenção de Jimin estava o deixando louco.

Entretanto, onde um espinhoso fura, o sangue terá de escorrer quando tiverem a força e a coragem para retirá-lo.

— Jimin, aquele cara te olha com bastante frequência. — Um dos seus colegas de turma disse.

Sentado em uma das mesas do refeitório, Jimin então encarou o colega que apontou com a cabeça para outra mesa.

Ao virar a cabeça de lado, Jimin revirou os olhos ao perceber de quem se tratava.

Jeon Jungkook.

— Vocês não estavam andando juntos ultimamente? — Perguntou curioso.

— Estávamos resolvendo algo que o professor Kim pediu. — Esclareceu sem dizer o que era o pedido que Namjoon havia os feito.

— Sabe o que estavam falando de vocês por aí?

— Não, o quê? — Jimin encarou o outro aluno. Cabelos negros e uma pele clara e o corpo repleto de tatuagem.

— Que vocês estavam ficando.

— Tudo mentira, Kai. — Jimin respondeu recolhendo o prato com a comida que se quer tocou.

Quando viu Jungkook e principalmente viu com quem ele estava acompanhando, perdeu todo o seu apetite.

— Pelo visto ele está saindo com o ex novamente, olha lá como se beijam em público. — Ao ouvir o que o outro dizia Jimin não queria olhar e ver uma cena que não iria agradar seus olhos.

Mas não conseguiu evitar.

Taehyung estava beijando Jungkook naquele momento, tão intenso que Jimin chegou a pensar que poderiam realmente estarem em um relacionamento dessa vez.

Seu estômago embrulhou com aquela cena e ele desviou o olhar.

— Mas quem me dera está no lugar daquele prostituto do Taehyung.

— Você o conhece a muito tempo? — Uma curiosidade brotou dentro de Jimin naquele momento.

Não faria mal perguntar, e ele queria saber como o outro se tornou alguém tão sem amor próprio daquele jeito.

Porque tava na cara, Jungkook não sentia nada por Taehyung além do desejo de usá-lo quando bem quisesse e tivesse vontade.

E Jimin, achava isso imundo da parte do outro. Quanto mais conhecia Jungkook mais tinha certeza de que ele, não valia absolutamente nada.

— Taehyung é a famosa putinha do campus, ou melhor, do herdeiro dos Jeons.

— Como assim herdeiro? — Jimin estava cada vez mais embriagado na curiosidade.

E o tal de Kai não se importava em contar tudo que sabia.

— Bom; o que eu sei é que Jungkook é o único filho da família Jeon. E por causa disso ele é o único herdeiro absoluto de tudo.

— A família dele deve ser muito rica.

— Rica é pouco, são bilionários. Esse cara ali. — Apontou com o dedo para Jungkook. — Tá predestinado a ser um dos homens mais ricos do mundo.

Jimin ouvia tudo com atenção, já sabia que Jungkook era rico mas não sabia que era tanto assim.

— E os pais dele?

— Se não me engano, os pais do Jungkook vivem na Coreia. O pai dele é dono de uma grande concessionária de carros de altíssimo padrão.

— Então tá explicado porque Taehyung aceita todas as humilhação que sofre, o banquete que o espera vai vale a pena cada tapa na cara que levar. — Comentou os olhando por um instante e sentindo pena de ambos.

— Não se engane. Taehyung nunca vai desfrutar desse privilégio. Jungkook odeia casamentos e disse que nunca iria se submeter a se tornar preso a alguém pelo resto da sua vida.

Com um olhar desconfiado Jimin disse:

— Você o conhece muito bem não é mesmo? Parece até que são próximos.

O outro o encarou fixamente e com um suspiro meio triste respondeu:

— Já fomos. Hoje somos completos estranhos, e não me pergunte o motivo do nosso afastamento porque eu não vou lhe contar isso. — Avisou e Jimin apenas assentiu e não perguntou mais nada ao outro.

Respirou fundo e olhou mais uma vez na direção em que Jungkook estava com Taehyung, e nesse momento seus olhares se conectaram rapidamente.

Jimin não sabia explicar, mas os olhos daquele homem eram lindos demais e triste demais ao mesmo tempo.

A escuridão que os habitava era imensa, e Jimin não sabia como frear o descontrole que se instalou dentro de si.

Ele podia até achar Jungkook um babaca nojento. Mas, alguma coisa naqueles olhos escuros clamava por ajuda.

E algo dentro de Jimin implorava que ele o ajudasse.

Jimin não voltaria atrás em suas decisões de se manter distante do outro. Se manteria firme até que sua formatura chegasse, e aí não iria precisar vê-lo novamente.

E todos aqueles sentimentos que surgiram dentro de si como uma avalanche, iriam finalmente desaparecer completamente.

Talvez, só talvez, Jimin chegou a pensar que se tivesse conhecido Jungkook em outras circunstâncias diferentes e ele não fossem quem é.

Com certeza poderia acabar se apaixonando.

— Porquê tivemos que nos conhecermos dessa forma?

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