Capítulo 4

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Harry podia ouvir sua própria respiração leve enquanto entrava no quarto escuro e úmido. Havia um fogo frio queimando, a presença do calor sendo absorvido por uma magia fria e maligna. Harry flutuou mais para dentro da sala, vendo um corpo quebrado que parecia um feto em decomposição enrolado firmemente nas espirais de uma cobra.

Voldemort estava olhando para um homem que estava curvado no chão, outro homem pairando no canto. Harry rosnou quando viu que era Rabicho.

"Barty," Voldemort sibilou, as espirais de Nagini se apertando ao redor do corpo que era seu Mestre, "a primeira tarefa,"

“Dragões, meu Senhor”, relatou o homem chamado Barty.

"Potter?"

"Sozinho e lutando", Barty respondeu, para grande irritação de Harry. Harry segurou a língua, sem ter certeza se essa visão seria notada por seu inimigo se ele falasse.

"Vá," Voldemort sibilou para seu seguidor. Enquanto Barty se levantava, Harry sentiu um puxão semelhante ao de aparatar e foi levado de volta ao seu corpo.

Harry abriu os olhos lentamente, abrindo os punhos. Ele não ficou surpreso por Voldemort tê-lo colocado no Torneio, mas ainda não ficou satisfeito com isso. Harry pegou sua varinha e limpou suas roupas, suando durante a visão.

Ele se mexeu e se virou por cerca de dez minutos, apesar de saber que não voltaria a dormir. Harry suspirou suavemente e saiu da cama, pegando sua capa, o mapa e sua varinha.

Dragões, fantástico. Pensou, contornando os retratos, descendo a escada que parou de se mover e em direção à Câmara. Harry sibilou para que a porta se abrisse e então convocou as escadas, descendo lentamente.

Quando Harry caminhou até o Basilisco que matou, Harry de repente se sentiu muito sobrecarregado com o peso do mundo em seus ombros. Ele se lembrou da história de Atlas, o titã que foi forçado a carregar o peso do mundo sobre os ombros e depois subir uma montanha, apenas para que a gravidade o puxasse de volta para baixo, o peso esmagando-o enquanto ele caía.

Harry conseguia se identificar com a sensação do mundo em seus ombros. Toda a comunidade bruxa viu que um bebê havia “matado” o Lorde das Trevas e estava “destinado” a matá-lo novamente, caso ele ressuscitasse, como a declaração deles viria a seguir.

Não se deve esperar que uma criança faça o que eles esperam que ela faça. Harry não sabia por onde começar, onde procurar. Ele só tinha Snape e Draco para ajudá-lo na escola. Os gêmeos iriam ajudá-lo, mas ele percebeu, quando os viu no corredor, que eles estavam tramando algo que provavelmente irritaria sua mãe.

Remus e Sirius não puderam ajudar Harry. Harry não tinha ideia de onde nenhum deles estava. Ele esperava que Remus estivesse bem com a lua cheia se aproximando e Sirius estivesse se mantendo longe de problemas. Ele não suportava a ideia de perder nenhum deles.

Harry balançou a cabeça, enxugando os olhos para impedi-los de começar a chorar.

“Magis,” ele sussurrou, sentindo-se um pouco estúpido por fazer isso. Ele olhou em volta, não vendo nada imediatamente. Harry deu um suspiro triste, dando tapinhas na grande fera à sua frente.

Ele pulou quando sentiu uma mão quente em seu ombro. Girando, a varinha apontada para a pessoa que tocou seu ombro de costas para o cadáver do Basilisco, Harry estava atordoado demais para fazer qualquer coisa além de ficar boquiaberto.

Salve-se (Tomarry) - | TRADUÇÃO |Onde histórias criam vida. Descubra agora