25 - RAPHAEL VEIGA

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Tema: ficção
Avisos: nenhum.
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Raphael:..

Copos vazios, roupas jogadas pelo chão, os móveis empoeirados o silêncio ensurdecedor pela casa escura.

Caminho lentamente pelo corredor cheios de memórias... nossas fotos. Toco em uma específica o dia do nosso casamento. São dias que não voltam mais, meu peito arde com a saudade.

A culpa foi minha, eu não devia ter partido seu coração. Sinto muito.

A pior sensação e não se sentir suficiente para alguém . Eu não queria ter ido tão longe.

Tarde de mais. Você se foi, desculpa a culpa não foi sua. Eu soltei sua mão primeiro, traí sua confiança.

Tempo que não volta.

Entro em nosso antigo quarto, um pequeno sorriso se forma em meu rosto. Nossas pantufas ainda estão uma ao lado da outra, nossos travesseiros ainda estão alinhados um ao lado do outro... nossos roupões um ao lado do outro.

Eu não tenho você ao meu lado. E nossos caminhos estão completamente desalinhados.

De volta a sala de repente me assusto com a porta se abrindo. Você entra por ela.

Minha garganta seca. Meus olhos se enchem de lágrimas .

Eu sabia que você viria. Até porque hoje completaria 10 anos que estaríamos juntos.

Nossa promessa.

Você passa por mim e desaparece pelo corredor me sento no sofá e te espero.

Pisco tentando afastar as lágrimas mais é impossível.

— Não chora. — suas mãos descansam em meu ombro.

Você se senta ao meu lado com uma caixinha dourada em mãos. Nossa cápsula do tempo.

Presto atenção quando as fitinhas que amarramos a caixinha, nelas estão nossas primeiras alianças você puxa as fitas elas caem no chão... tão longe uma da outra.

A primeira lágrima escorre por minha bochecha. Ali estava todo nossos sonhos escritos em papéis agora velhos. Tomo coragem e pego um pequeno papel e leio o que está escrito, minha voz falha.

Ainda estamos juntos? — não consigo e me levanto jogando a caixinha pequena longe.

— Você fez a mesma coisa anos atrás. Pegou meu sentimentos e jogou fora. — sua voz saiu tão baixa.

Olho a bagunça de papel jogados pelo chão, eu fiz isso. Eu nunca iria imaginar que um dia acabaríamos desse jeito.

— Você naquela época não tinha superado o que fizeram com você no passado. É na primeira oportunidade fez igual.

— Perdão.
...

— Credo como você consegue ler isso, muita depressão. — fecho o livro com força.

— Amor e apenas ficção não vai acontecer de verdade... eu espero. — Olívia fala se jogando em meu colo.

— Não vai mesmo senhorita, senti a dor da protagonista daqui, nunca que eu vou machucar o coração da minha vida. — seguro o rosto cheio de sardinhas e beijo as bochechas coradas.

Amo esses momentos com a minha mimadinha. Seguro sua cintura a puxando pra mim.

— Tem certeza que não é doida? — pergunto baixinho.

— Rapha para com isso. — bateu em meu peito.

— Ia ser a doida mais linda do hospício. — digo.

Olívia caiu na gargalhada me fazendo rir junto.

— Você não existe. Parece que saiu de algum dos livros que eu leio. — tocou meus braços com as mãos quentes me olhando intensamente.

A olhei de volta a fazendo rir envergonhada e esconder o rosto em meu pescoço.

Abraço o corpo quentinho nos deitando na cama.

Desligo o abajur e beijo sua testa nos embrulhando.

— Eu te amo, minha leitora de romances.

— É putaria. — Olívia disse bem baixo.

— Olívia eu não escutei isso. — Raphael disse rindo .

— Nem só de romance vive uma mera leitora.

— Então vem me mostrar o que aprendeu.

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