Viagem ao mundo Trouxa

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P.O.V. Hope.

Finalmente! É o Grande Dia, vamos viajar para o mundo humano. Sinto muito, mas eu me recuso a dizer mundo trouxa ou á chamar humanos de trouxas justamente porque para um humano trouxa quer dizer burro, tonto e faz a gente parecer arrogante. Como eu vou de guia e temos que nos misturar temos permissão para não usar uniforme e aproveitei ao máximo, uma blusa cropped preta com umas amarras na frente, uma calça jeans preta com zíperes e uma jaqueta de couro ecológico estilo biker marrom, uns anéis, brincos de spikes e estamos prontos para ir.

Como o professor quer que a turma tenha uma autêntica experiência do mundo humano vamos sair daqui, ir para o aeroporto e pegar um avião para os Estados Unidos. Claro que eu tive que mexer os pauzinhos, usar de compulsão para que isso fosse possível já que os bruxos não tem a documentação necessária para viajar de um país para o outro. Uma vez que aparatamos no aeroporto. Dava para ver o deslumbre nos olhos dos bruxinhos vendo os painéis automáticos, ouvindo a música e as chamadas dos voos que saiam dos alto falantes.

-Então pessoal, a primeira coisa que temos que fazer é despachar as malas. Eu já fiz Check In antecipado para evitar filas, então... por favor peguem suas bagagens e me sigam. Bora lá galera!- Eu falei batendo uma palma.

Quem diria que algum dia eu seria guia turística? Levei a minha turma até a área de despache de bagagem.

P.O.V. Rose.

Que interessante. O mundo trouxa é uma profusão de sons e cores, ficamos numa longa fila onde deixamos as bagagens com uma funcionária que colocou as malas numa.... esteira e as malas sumiam atrás de uma pequena cortina preta. Levou muito tempo para despachar as malas e uma vez que isso foi feito fomos levados até uma sala onde esperaríamos pelo avião. Notei que os trouxas á nossa volta estavam todos sentados olhando para um pequeno objeto brilhante que mostrava imagens, emitia sons, eu já vi uma coisa dessas.

-O que é isso?- Perguntei ao professor.

-Ahm...

-É um smartphone. É uma máquina que faz praticamente tudo, com ela você pode enviar mensagens, ouvir música, assistir vídeos, ver fotos, fazer pesquisa, ligações telefônicas e navegar na internet.  A internet é como... é uma rede internacional que conecta todos os dispositivos eletrônicos do mundo humano, apenas na surface tem mais de um terabite de dados. Os smartphones são as corujas do mundo trouxa.- Disse Hope.

E ela mostrou ao professor tudo o que o seu aparelhinho podia fazer e ele ficou muito impressionado. E eu também, a tecnologia inventada pelos trouxas é uma coisa inacreditável, eles inventaram o avião assim podem voar, inventaram esses smartphones que fazem tudo e mais um pouco, vejo as pessoas transitando, os painéis brilhantes é inacreditável. Ficamos esperando por algum tempo.

-Ai, se quiserem ir dar uma volta, ver as lojas, pegar alguma coisa para comer podem ir. Só fiquem de olho no relógio para não perdermos o voo.- Ouvi a Tribrida falar.

-Senhorita Mikaelson!- Protestou a professora.

-Professora Smurft, os trouxemos aqui para ver o mundo humano, interagir com os não bruxos, ver como é a vida aqui e essa é a chance. Precisam andar por ai, ver as coisas, falar com as pessoas. Não vão morrer por causa disso.- Falei.

E ela acabou concordando, combinamos um horário e um ponto de encontro e os alunos estavam livres para passear. Fui a primeira a debandar. Eu decidi sair para caminhar, Lily e Hope vieram comigo, Delphine também. Confesso que não gosto muito dela, mas até o momento acho que tudo bem. Nós andamos pelo aeroporto, entramos nas lojas, boticas que vendem perfumes, maquiagem. Rímel, sombra, corretivo são tantas opções que eu até fico meio perdida, Lily foi a loucura vendo as roupas penduradas nos cabides já que ela é obcecada por moda trouxa.

-Não vamos comprar roupa aqui Lily, aqui tem pouquíssimas opções e é tudo mais caro. Lá em New Orleans tem lojas melhores, com mais opção e mais barato. No aeroporto só é bom comprar perfume e artigos de perfumaria por conta da isenção de imposto.- Disse Hope.

Havia bichos de pelúcia, canecas, copos, uma infinidade de coisas. A Tribrida comprou para si mesma dois perfumes e foi interessante o jeito como ela pagou, ela pagou usando o celular. Ao que parece esta máquina realmente faz de um tudo. Depois disso nós continuamos perambulando pelo lugar.

-Que perfumes você comprou?- Perguntei.

-Um Carolina Herrera 212 Sexy e outro La Vie Est Belle da Lancôme. Meu vício é perfume.- Disse Hope.

Então ela contou que graças ao fato de seu pai ter sido um híbrido de mil anos de idade ela é herdeira de uma imensa fortuna já que ao longo de sua vida o pai e os tios dela acumularam um patrimônio quase imensurável. Nós andamos bastante até ficarmos com fome e decidirmos ir pegar um café. Depois do café já era hora de irmos ao avião. Nós embarcamos e a viagem foi longa o avião se locomove incrivelmente devagar porém confesso que é mais confortável do que viajar de vassoura aqui não tem vento, bom, mais ou menos já que tem uns buraquinhos que soltam ar gelado, mas o ar não é rarefeito, as poltronas são acolchoadas e eles servem comida.

P.O.V. Narrador Onisciente.

O que as garotas não repararam é que tem gente olhando para elas. Rose e Hope estavam tão entretidas cada uma assistindo ao seu filme que não notaram os olhares de Scorpius e Arthur. Mas, alguém notou. Delphi. 

P.O.V. Delphi.

Oh, meu irmão está interessado na Tribrida. Ele nunca demonstrou qualquer interesse em outras garotas, já teve umas namoradinhas, mas ele nunca olhou para ninguém do jeito que olha para Hope e eu entendo. Não, não estou afim da Tribrida, mas entendo como é ser rechaçada. Por causa de todas as coisas terríveis que o nosso pai fez somos párias sociais, as pessoas nos olham com ódio e desconfiança porque somos os filhos do Voldemort, o bruxo que quase afundou o mundo bruxo em sangue e para melhorar um pouco a situação tanto meu irmão quanto eu somos ofidioglotas e ofidioglosia é um dom negro. Graças á tudo isso, as pessoas não falam conosco. Somos muito solitários e odiamos isso.

A viagem foi longa e cansativa quando finalmente chegamos á cidade de Nova Orleans estávamos mortos e mesmo assim era uma visão impressionante. Já é noite e a cidade é brilhante, há musica tocando. Foi mais uma hora até o translado chegar á Residência Mikaelson. E a residência é uma mansão imensa.

-Peguem qualquer quarto no primeiro andar. Vão ter que dividir porque temos muitas pessoas, a suíte principal é minha. Boa noite bruxinhos amanhã... começa a aventura!- Disse Hope.

Hope em Hogwarts- REVISADAOnde histórias criam vida. Descubra agora