Comida de Trouxa

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P.O.V. Arthur.

Nós nos sentamos numa das mesas daquela taverna, as cadeiras são embutidas na parede e acolchoadas. O lugar é um tanto escuro com paredes de madeira cheias de enfeites com dizeres que brilhavam um brilho vermelho, notei que Hope estava encolhida acho que está com frio.

-Está com frio?- Perguntei.

-Estou bem. Está caindo o mundo lá fora.- Disse Hope.

Então uma trouxa veio até nós com um bloquinho nas mãos. 

-Boa noite, o que vão pedir?- Perguntou a mulher de vinte e poucos anos com cabelos castanhos.

-Pode nos trazer cardápios por favor.- Pediu Josie.

E num instante a mulher nos trouxe dois enormes envelopes pretos que quando abrimos eram os cardápios escritos em papel. Até que as comidas deles não são tão diferentes das nossas, batatas fritas também existem no mundo bruxo, mas o resto...

-Já decidiram o que vão pedir?- Hope questionou.

-Estou afim de hambúrguer.- Disse a loira.

-Concordo.- Hope concordou.

Acabamos todos pedindo hambúrguer com batata frita e refrigerante, nem faço ideia do que isso seja. Mas, vamos experimentar assim podemos dizer ao professor que estávamos experimentando a cultura trouxa. Enquanto esperávamos pela comida Hope e Elizabeth pediram licença e saíram, sendo assim ficamos apenas, eu, Scorpius, Rose e a outra irmã que quase não falou nada durante toda a viagem.

-Então... Josie. De onde o seu nome saiu?- Perguntou Scorpius.

-Meu nome é Josette como o da minha mãe biológica. Josette Parker.- Disse a menina e deu para notar o tom de tristeza na voz dela.

-Como assim, mãe biológica?- Rose perguntou.

E a garota explicou tudo sobre ciência e as coisas que os trouxas haviam descoberto sobre o próprio corpo e a geração da vida, sobre o parentesco consanguíneo. Parece que a bruxinha é mesmo muito inteligente e me surpreendi mais uma vez com a capacidade intelectual dos trouxas. Passei toda a minha vida ouvindo que os trouxas eram inferiores, burros, incapazes parece que fui enganado. Eles descobriram, inventaram, criaram coisas fenomenais e apesar de não terem magia a tecnologia deles é tão avançada que quase se equiparam á magia.

-Mas, onde foram aquelas duas?- Questionei preocupado.

Notei que a morena ficou quieta e desviou o olhar coçando a cabeça um gesto mínimo e bem discreto.

-Sabe onde elas foram. Desembucha.- Eu disse soando até um pouco grosso.

-Eles foram se alimentar.- Disse Josie.

-E não pensaram em nos convidar? O que é, não queriam esperar?- Eu disse bravo.

-Não, você... você não entendeu. Eles não foram comer, foram se alimentar.- Disse a garota acentuando bem a expressão se alimentar como se para enfatizar a diferença.

-E qual é a diferença? - Questionei.

-Você sabe que Hope e Lizzie são vampiras, certo?- Ela perguntou.

-Sim. E dai?- Perguntei cruzando os braços.

-Já parou para se perguntar... o que os vampiros comem?- A menina retrucou.

Só ai eu entendi. Elas foram atrás de sangue. Então me levantei e sai para pegar um pouco de ar, a chuva caía violenta do lado de fora encharcando tudo, a rua escura mais parecia um rio caudaloso, a enxurrada era forte. Não sai na chuva, fui até um lugar mais afastado e me deparei com uma cena... que eu não sabia se considerava grotesca e apavorante ou sensual e erótica. Hope e Elizabeth estavam as duas na companhia de dois homens altos, fortes, barbados, os homens estavam com as cabeças para o lado, os pescoços expostos. E elas estavam cada uma com o rosto enterrado no pescoço de um dos caras. O sangue escorria e eles não pareciam estar assustados ou sentindo dor, na verdade.... pelo olhar na cara dos homens eles pareciam estar gostando, se deleitando com aquilo tanto quanto as duas.

Hope em Hogwarts- REVISADAOnde histórias criam vida. Descubra agora