Expresso Hogwarts

79 8 12
                                    

Depois de atravessar a parede de tijolos na estação Kings Cross, Hope se viu diante da enorme Maria Fumaça, o Expresso Hogwarts. Na estação havia diversos alunos de todas as idades despedindo-se de seus pais e familiares, naquele exato momento uma saudade e tristeza avassaladoras atingiram o coração da Tribrida quando ela se lembrou que nenhum de seus parentes estaria aqui para se despedir dela, seus pais porque morreram e seus tios e tias porque tinham suas próprias vidas, até seus próprios filhos, mas ela não se deixou abater engoliu o choro, disfarçou a tristeza e caminhou decidida e de queixo erguido até o trem.

Cabelos ao vento e vamos nessa- Pensou Hope caminhando com graça e elegância, desfilando pela estação. Por onde ela passava chamava a atenção por suas roupas bem mais ousadas que aquelas usadas pelos bruxos do mundo bruxo, mas ela não se importou. Subiu no trem colocando suas malas no bagageiro, ela se dirigiu a uma cabine vazia e sentou-se tirando seu celular do bolso colocando os fones de ouvido e apertando play na música. Estava distraída, completamente absorta no seu mundinho quando ouviu alguém bater á porta, ela tirou os fones de ouvido para cumprimentar a pessoa.

-Se importa se eu me sentar com você?- Perguntou a garota ruiva de olhos azuis.

-Fique á vontade.- Disse a Tribrida.

-Eu sou Rose Weasley.- A ruiva se apresentou estendendo a mão para Hope.

-Hope Mikaelson.- A Tribrida se apresentou. 

As duas apertaram as mãos e apesar dela ter ficado surpresa com o fato da ruiva não ficar de olhos esbugalhados ao ouvir seu sobrenome já que dentro da comunidade sobrenatural que existe no mundo humano todos conhecem e tremem de medo ao som do nome Mikaelson, mas aqui... ela é uma ninguém, como qualquer outro aluno e isso a agradou. Hope achou bom estar livre do peso que seu sobrenome carregava, aqui ela tem a oportunidade de um verdadeiro recomeço. Podia ser ela mesma, não a filha do Klaus Mikaelson. Apesar de amar seu pai com todo o seu coração e sentir falta dele todos os dias, ela não sentia falta do ódio gratuito que recebia única e simplesmente por ser filha do maior vilão que o mundo sobrenatural já conheceu.

-O que é isso ai?- Perguntou Rose olhando para o smartphone de Hope como se ele fosse um bicho de sete cabeças.

-É um smartphone. É tecnologia trouxa.- Respondeu Hope.

-Você é nascida trouxa?- A ruiva questionou.

-Mais ou menos isso. Estou ouvindo música, tá afim?- Hope ofereceu.

Hope emprestou um de seus fones de ouvido bluetooth para a ruiva que ficou absolutamente impressionada com a engenhoca recém descoberta, logo outra garota se juntou ao grupo uma loira estonteante que parecia ter uma beleza divina. Victorie Weasley e as três ficaram conversando a viagem quase toda sobre amenidades, sobre como estavam empolgadas em estar indo para Hogwarts.

-Em que ano você está?- Perguntou a loira á Hope.

-No sexto, mas sou intercambista por isso este é tecnicamente meu primeiro ano. Vou ter que ser selecionada pelo chapéu seletor já que eu não tenho casa.- A Tribrida respondeu.

-Espero que fique na Grifinória.- Disse Rose.

-Veremos.- Hope respondeu.

Uma vez estando perto dos terrenos da escola, as garotas foram trocar de roupa cada uma numa cabine de vestimenta é claro. Hope tirou sua blusa e calça jeans pretas trocando-as pela saia de pregas, uma camisa social e o suéter da escola de Hogwarts. Depois de trocar de roupa, ela foi atrás de um banheiro já que seu penteado despencou, no caminho ela trombou com um aluno que vinha do outro lado, um garoto de cabelos escuros com lindos e intensos olhos azuis que perfuraram sua alma como adagas. Mas, a Tribrida sacudiu a poeira e continuou seu caminho até o banheiro, ela não estava querendo outro relacionamento, mal acabara de terminar com seu ex-namorado que ela pensava ser o amor de sua vida, seu coração ainda estava partido. Fechado para balanço.

Já no banheiro ela tirou um pente da bolsa e olhando-se no espelho ela refez seu penteado, amarrando a parte da frente de seus longos cabelos negros num rabo de cavalo, deixando alguns fios soltos na frente e o resto também solto. Aproveitou para refazer a maquiagem uma sombra iluminadora que quase sumia na sua pele já muito pálida, um gatinho preto, rímel e brilho labial. Então ela guardou suas coisas e saiu do banheiro indo se sentar na cabine junto com Rose e Victoire. Algum tempo depois o trem finalmente chegou ao seu destino, os alunos desembarcaram como um estouro de manada, mas Hope ficou para trás para fugir da confusão sendo a última a descer. Chegando á plataforma ela viu o enorme homem de cabelos e barba escura que chamava os alunos, Rubio Hagrid, o Guarda-Caça de Hogwarts.  Logo eles estavam se dirigindo ás carruagens onde Hope conseguiu enxergar os Testrálios e depois seguiram para os barcos e no horizonte estava a linda e imponente fortaleza, o Castelo de Hogwarts.

E era hora da seleção.

Hope em Hogwarts- REVISADAOnde histórias criam vida. Descubra agora