Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 18.

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Escancaro a porta do meu apartamento, e respiro pacificada quando inalo o doce ar da minha casa

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Escancaro a porta do meu apartamento, e respiro pacificada quando inalo o doce ar da minha casa. Ah! Lar doce lar. Sem marshmallows chatos, perguntas invasivas e uma irmã tarada. Perfeito. Quando deixei a casa de Késia era cedo, umas 11h30 da manhã. Então aproveitei para dar um pulo rápido na vidraçaria aqui perto de casa, e mandei mensagem para o meu amado Nolan, dizendo para que quando ele viesse, me ajudasse a pôr o vidro no lugar.

𝑀𝑎𝑠 𝑞𝑢𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑒𝑏𝑟𝑜𝑢 𝑜 𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜, 𝑎𝑚𝑜𝑟? havia perguntado ele, por telefone. Ainda sem resposta e nervosa, inventei a desculpa de que eram apenas dois garotos brincando com estilingues na rua. Nolan apenas fez um "Uhum" quando eu falei isso. Não sei até que ponto ele acreditou na minha desculpa, porém, não me questionou.

Ao chegar na minha sala, me jogo no meu sofá e começo a me aconchegar nele, buscando posições mais confortáveis para que eu pudesse serenar os meus pensamentos. Deito nesse sofá como se não o visse a um ano. Acho que meu último encontro com a minha irmã me deixou meio tensa... ver a Késy agindo com brutalidade comigo não é algo que costuma acontecer com frequência. No entanto, quando acontece, é assustador.

Reconheço que fui rude e até meio insensível mediante a nostalgia dela naquela noite... todavia isto não dá a ela o direito de agir comigo igual nossa mãe agia. Amo a minha irmã, amo mesmo, mas eu não tenho que me preocupar mais com minha mãe, não vou permitir que Késia se torne uma réplica da tal para eu ter que aguentar.

Às vezes sinto falta do pequeno período de tempo que morávamos com a nossa tia Lucy... Apesar de ela ser meio maluca, não era tão dura e cruel quanto a nossa mãe. Mesmo assim a Késia nunca vai me entender. Nunca vai entender o por que de eu odiar tanto que fique relembrando com tanta alegria todos aqueles momentos... pois, EU, não estava feliz em nenhum daqueles momentos. Talvez elas estivessem. Elas e o papai. Mas... Eu... O que eu era? Não era nada além de uma moeda de troca, usada para serviços sexuais cruéis.

E foi adentrando nesse lado obscuro dos meus pensamentos... Que acabei adormecendo no sofá.

• • •

"Amor, amor, amor!" É o que escuto com os olhos ainda fechados. Sinto alguém cachoalhar meu corpo, enquanto me chama diversas vezes, porém não muito alto. Ao abrir os olhos aos poucos, a visão turva vai se estabilizando e consigo ver Nolan em cima de mim, sorrindo. Pelo visto, ele acabou de chegar aqui, me viu deitada no sofá com a barriga para cima e escolheu sentar em cima de mim para me acordar.

- Oi, dorminhoca - cumprimenta ele.

Eu rio, mas antes de responder qualquer coisa, coço os meus olhos e bocejo para afastar o sono.

- Oi, romântico. Tá confortável aí?

- Muito. Suas pernas são realmente muito macias.

Ele não está exatamente sentado na minha coxa... Ele está um pouco mais para a barriga, mas com uma parte de seus glúteos na minha coxa sim, enquanto os seus dois braços se encontram nos meus ombros. Nolan inclina-se para baixo e me beija. Me surpreenda que ele queira me beijar logo agora que acordei, não sei se estou com um cheiro muito agradável na boca, mas, como ele não reclamou, imagino que não esteja tão ruim assim.

𝚄𝚖 𝚁𝚘𝚖𝚊𝚗𝚌𝚎 𝙰𝚋𝚜𝚝𝚛𝚊𝚝𝚘Onde histórias criam vida. Descubra agora