Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 23.

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Corro para meu apartamento, tendo em mente que Nolan está lá e que preciso fazer de tudo para que ele não perceba que estive chorando durante todo o caminho de volta

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Corro para meu apartamento, tendo em mente que Nolan está lá e que preciso fazer de tudo para que ele não perceba que estive chorando durante todo o caminho de volta. Enxugo minhas lágrimas e abro a porta, entrando em seguida em casa. Como era de se esperar, ele está parado ali, perto da porta. Acho que ficou me esperando todo esse tempo. Seus olhos estão confusos ainda sobre a situação.

- Onde você esteve? Por que está com essa cara?

O encaro por alguns segundos, como se pudesse olhar a sua alma e ele a minha. Sinto que sabe que algo aconteceu, sinto que consegue sentir o cheiro dos meus hormônios exalando adrenalina e medo, então fujo do seu olhar antes que eu acabe cedendo. Passando por ele, sem falar nada, me apresso até o banheiro e tranco logo a porta, que ele força para tentar abrir.

- Jennet, o que aconteceu? Por favor, fala comigo...

Diante das sua inúmeras tentativas de obter alguma resposta, tudo que lhe dou é o meu silêncio enquanto resvalo as costas na porta até sentar no chão e desabar em lágrimas silenciosas. Os minutos se passam e meu choro não finda e nem ameniza, também faz um tempo que não escuto Nolan falar nada do outro lado da porta, mas sei que ainda está lá, pois posso escutar uma respiração funda através da madeira.

Só de imaginar que ele talvez esteja na mesma posição que eu, sentado no piso frio, chorando lágrimas salgadas, preocupado comigo... Quebra-me o peito.

Depois de uns instantes, escuto três batidinhas na porta e sua voz surge novamente:

- Meu amor, você está aí? Eu não sei o que aconteceu, também não sei o que te fez ficar assim, mas... Por favor, não faça nada perigoso, ok? Não.. não precisa responder se não quiser, mas não faça nada, por favor! Eu te amo. - Pede ele. Sua voz está falhada, denunciando que também estava chorando durante este tempo que se passou.

Suas palavras foram lindas, mas...

𝑆𝑖𝑙𝑒̂𝑛𝑐𝑖𝑜
𝑆𝑖𝑙𝑒̂𝑛𝑐𝑖𝑜
𝑆𝑖𝑙𝑒̂𝑛𝑐𝑖𝑜
𝑆𝑖𝑙𝑒̂𝑛𝑐𝑖𝑜....

𝐸̂ 𝑡𝑢𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑙𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑢𝑚 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜.

• • •

passaram algumas horas, eu saí do banheiro como se não tivesse chorado um tonel de água dentro dele. Nolan me deu um abraço caloroso e apertado quando viu que eu havia saido bem de lá, mas, para ser sincera, ainda me sinto envergonhada demais para conseguir falar com ele, por isso fingi que estava com muita dor de cabeça e optei por não conversar.

Sei que pareço uma estúpida ao fazer isso... me calar enquanto ele se preocupa comigo... mas eu não consigo, não consigo olhar nos seus olhos depois de ter, literalmente, marcado passar uma noite com um pscicopata. Talvez Nolan nunca mais me olharia da mesma forma... com amor.

Eu me sinto uma traidora antes mesmo de ter feito alguma coisa, antes mesmo de Cowllyn ter me tocado, mas me sinto assim porque sei que ele vai me tocar e eu aceitei que o fizesse. Eu não queria... mas o medo que eu tenho de Cowllyn fazer algo contra o meu amado Nolan me fez agir sem pensar. Talvez, se apenas a minha vida houvesse sido ameaçada, então eu teria tomado outra escolha.

Mas não...

Eu acabei optando pela vergonha de me entregar, e isso dói... mas eu vou passar por essa dor. Por Nolan, mesmo com o risco de ele me odiar para sempre.

𝐉.𝐆 𝐂𝐨𝐬𝐭𝐚

𝚄𝚖 𝚁𝚘𝚖𝚊𝚗𝚌𝚎 𝙰𝚋𝚜𝚝𝚛𝚊𝚝𝚘Onde histórias criam vida. Descubra agora