Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 16. Uᴍᴀ ᴍᴇɴsᴀɢᴇᴍ

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É triste ter que amanhecer sozinha

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É triste ter que amanhecer sozinha. Nolan foi embora para casa ontem à noite. Na verdade, não dormimos juntos ainda nem sequer uma vez desde que começamos essa nova vida... por enquanto, tem sido eu na minha casa e ele na dele. Claro que pretendo mudar isto em breve, porém, estamos indo com calma.

No entanto, para minha alegria, sempre acordo com meu celular tocando. É ele. Me espreguiço e estico o braço até o móvel ao lado da cama e pego o celular, levando até o ouvido.

- Bom dia, gata!

Aí, que frio na barriga. Que sensação!

- Bom dia, gato.

Me levanto da cama e ponho os chinelos, indo em direção ao banheiro, ainda falando com ele.

- Dormiu bem? Sonhou com o que hoje? - pergunta.

- Humm, eu sonhei com você! - respondo, usando o ombro para manter o celular no meu rosto, enquanto ponho pasta de dente na minha escova e a levo à boca.

- Sério?! Conta! Conta!

Consigo sentir o entusiasmo de longe. Nolan está realmente feliz por eu simplesmente ter sonhado com ele. Que fofo.

- Deixa eu lembrar.... - forço minha mente para recapitular os pensamentos. - O sonho se passava em um parque, estávamos sentados no banco lado a lado, e você estava tomando um sorvete e dividindo comigo. O mais engraçado é que o sorvete tinha tantas bolas que era até difícil de equilibrar e alguns acabavam caindo na sua roupa... mas ao invés de ficar bravo ou triste, você ria! Era lindo e muito fofo.

Assim que termino, ouço ele gargalhar do outro lado da linha. É uma risada sincera, acompanhada da sua rouquidão pós sono. Muito atraente.

- Eu adorei! Quem sabe um dia a gente come um sorvete de 220 bolas.

Solto uma risadinha.

- Seria bizzaro... mas eu ia amar!

- E eu também! Enfim, vamos jantar no Jeff's & Cheese à noite, não é?

- Uhum - respondo assim pois a minha boca está cheia de pasta. Ponho o celular no viva-voz e largo na pia, para enxaguar a boca. - Vamos sim! Só tenho que ver algumas coisas antes de...

Sou interrompida por um barulho estrondoso de vidro quebrando. Parece ter vindo da sala, penso.

- Que porra foi essa? - Nolan pergunta. Estou imóvel, com medo de ser um bandido ou algo assim. Mas como alguém escalaria a parede e quebraria a janela da sala?

- Estou me fazendo a mesma pergunta. - respondo. - Nolan, eu vou ver o que foi esse barulho. Te ligo depois, tá? Te amo!

Desligo a chamada antes que ele pudesse me convencer a não ir ver sozinha o som. Antes de ir, pego de dentro da gaveta da pia uma tesoura, a fim de ferir quem quer que seja que tenha invadido meu apartamento.

𝚄𝚖 𝚁𝚘𝚖𝚊𝚗𝚌𝚎 𝙰𝚋𝚜𝚝𝚛𝚊𝚝𝚘Onde histórias criam vida. Descubra agora