Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 14.

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Passaram-se algumas horas desde que Késia e eu conversamos na cozinha sobre o assunto de Nolan supostamente gostar de mim

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Passaram-se algumas horas desde que Késia e eu conversamos na cozinha sobre o assunto de Nolan supostamente gostar de mim. Agora já é madrugada, eu e Késia estamos na mesma cama já que o Alan está ocupando o quarto de hóspedes. O quarto está escuro, silencioso e posso ouvir os sons dos roncos da minha irmã. No entanto, estou em claro faz horas, com o bloco de notas do meu celular aberto e escrevendo... ou melhor... preparando as maneiras que existem de perguntar isto para o Nolan sem parecer estranha ou invasiva demais. Por alguns momentos, mal posso acreditar que estou me preparando tanto para algo que deveria ser tão simples.

Mais tarde, depois do almoço, ficarei mais um pouco aqui na Késia e depois irei para casa. E, quando chegar, mandarei mensagem para o Nolan, avisando que já estou no apartamento e que ele pode ir me visitar se desejar, o que provavelmente irá fazer. Então, irei lançar a pergunta.

• • •

Você: Já estou em casa, cheguei a pouco. Pode vir me visitar se quiser.

Mandei. Não demorou 5 minutos para que respondesse.

Nolan: Já estou indo! Vou comprar uma coisinha e já vou aí.

Você: Ok. Te espero.

Desligo celular e o deito no meu colo. Em seguida, ergo a cabeça para o teto, fecho os olhos e suspiro... talvez eu esteja preparando meu psicológico, tentando tomar coragem para fazer essa pergunta tão.... estranha é a palavra? Não sei. É tão bizarro estar prestes a perguntar a um amigo de anos se ele gosta de mim... nesse momento, coisas passam pela minha mente, como:

𝐸 𝑠𝑒 𝑒𝑙𝑒 𝑛𝑎̃𝑜 𝑔𝑜𝑠𝑡𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝑚𝑖𝑚?
𝑒 𝑠𝑒 𝑚𝑒 𝑎𝑐ℎ𝑎𝑟 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑖𝑠𝑖𝑡𝑎?
𝑒 𝑠𝑒 𝑒𝑢 𝑑𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑖𝑟 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜𝑠𝑠𝑎 𝑎𝑚𝑖𝑧𝑎𝑑𝑒 𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑎 𝑛𝑜𝑠𝑠𝑎 ℎ𝑖𝑠𝑡𝑜́𝑟𝑖𝑎 𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜𝑠?

Um aperto.
Um desconforto no peito.
Medo de perde-lo para sempre.
Acho que nunca senti tanto medo de perde-lo como agora.

Porém, algo me consola: o sentimento de que, se ele realmente gosta de mim, então tudo acabará bem, não é? Então eu serei amada de verdade pela primeira vez... e me permitirei fazer coisas que, devido aos traumas e restrições do meu passado, jamais me permiti fazer, não é? Bom, espero mesmo que seja assim.

Coloquei uma cadeira na frente da porta, estou tão ansiosa para ele chegar que pareço até uma doida. Quem faz isso? Quem põe uma cadeira em frente uma porta só para esperar alguém bater? Claro que, quando ele chegar, vou me levantar rapidamente e pôr essa cadeira em outro lugar, para que ele não note que eu estava esperando.

Assim como esperado, em uns 20 minutos depois, Nolan já estava batendo à porta e chamando meu nome. Tiro a cadeira do lugar rapidamente e abro a porta.

𝚄𝚖 𝚁𝚘𝚖𝚊𝚗𝚌𝚎 𝙰𝚋𝚜𝚝𝚛𝚊𝚝𝚘Onde histórias criam vida. Descubra agora