Destruindo os limites

5 0 0
                                    

Mesmo depois de anos, Alexia ainda se lembrava do dia em que foi separada de seu irmão. Naquele dia, ela estava triste, desejando muito estar com Darian, mas não podia. Sem saber quando o veria novamente, Alexia encarava desanimada sua nova casa, uma mansão enorme e espaçosa, porém silenciosa e vazia. Sentindo-se solitária, subia as escadas em direção ao seu quarto.

Ela observava uma cama espaçosa, um guarda-roupas amplo e um grande espelho. Seu quarto não possuía muitos objetos, mas isso não era um problema para ela.

Alexia se sentava na cama encostada na parede, próxima à janela fechada. Ao abri-la, sentia a brisa do vento em seu rosto sorridente.

"Ei, feche isso", disse Dionísio, o nobre que a adotara.

Ela fechava a janela enquanto o nobre sorria para ela. Ele chamava alguém, e três pessoas apareciam nus. Alexia, vendo aquilo, só conseguia sentir pavor. Dionísio começou a tirar a roupa, "vamos nos divertir", ele disse lambendo os lábios. "Não, eu não quero", disse Alexia, que tentava fugir, mas um dos homens a pegava e a jogava na cama, tirando suas roupas e apertando seus seios.

Ela batia no rosto do homem, mas ele continuava; os outros homens seguravam seus braços, e Dionísio ficava em cima dela.

"Agora é hora do prazer", ele disse, e Alexia começou a sentir uma enorme dor enquanto o nobre brincava com ela; ela só conseguia chorar e gritar, e os quatro começaram a revezar.

Cada vez, ela começou a sentir mais desconforto. Essa era a sua primeira vez, mas não era nem um pouco prazerosa; era horrível, desconfortável e dolorosa.

Depois de um tempo, os quatro terminaram com ela. Ela se sentava e via os quatro rindo dela, observava seu sangue na cama e partes do seu corpo grudentas, até mesmo no seu cabelo. Ela via o nobre que a comprou pegando uma faca. Alexia, vendo isso, começou a se sentir meio tonta e enjoada; seus olhos, que eram castanhos, ficavam roxos.

"Agora morra em silêncio", disse Dionísio, aproximando a faca da garganta de Alexia, que transformava a faca em pó. "Que merda é essa?" disse Dionísio, espantado. Alexia olhava para ele, seus olhos brilhavam, e a cabeça dele explodia, jogando sangue por todo o quarto. Ela levantava a mão, e três pequenas esferas roxas eram lançadas nos homens que a estupraram, transformando-os em pó.

Ela olhava para os lados, caía no chão e começava a chorar. Alexia sentia tristeza, ódio, frustração e culpa.

"Te achei", disse uma voz de um homem que estava na sua frente. Ela via um homem com cabelos pretos e olhos castanhos, segurando um caderno em suas mãos. Ele olhava para ela com um sorriso e lhe entregava roupas para vestir. "Vamos, eu vim te salvar", disse Cássius, estendendo a mão para Alexia, que a pegava.

Neste momento, Alexia estava de frente para duas pessoas que ela deveria matar. "Então, Alexia, você não se lembra da gente", disse Seraphina. "Olha, nem eu sabia quem era você até que você me explicou tudo", disse Sienna, olhando para Alexia. "E vocês são realmente parecidos", murmurou Sienna. "O que vocês querem? Vocês sabem que eu posso matar vocês duas facilmente", disse Alexia, com um sorriso malicioso.

"Nós, deuses, não podemos brigar; isso foi uma lei que nós quatro fizemos", disse Seraphina, enquanto Sienna chamava sua atenção. "Ei, sua louca do tempo, eu já disse, explique as coisas antes", disse Sienna, olhando para Alexia. "Vocês, eu e a esquisita aqui, todas nós somos deusas, ou melhor, reencarnações de deuses. Você é a da destruição, eu sou do espaço e ela é do tempo", disse Sienna.

'Do que essas loucas estão falando', pensou Alexia, curiosa com o que poderia descobrir com essa conversa.

"O universo é regido por quatro elementos: spatium, destructio, tempus, creatio. Sem essas quatro coisas, um universo não pode ser criado", disse Seraphina, mostrando quatro dedos. "Então, eu sou um desses deuses", disse Alexia, olhando para as duas. "Então, onde está o outro?" perguntou Alexia. "Ele está ocupado no momento", disse Sienna, e Alexia olhava para as duas com os olhos cerrados.

A Força da Coragem e a Fragilidade do Destino, O Assassino e a Princesa de GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora