Em uma rua movimentada, uma menina de cabelos brancos corria enquanto as pessoas a advertiam para parar, pois poderia cair. A garota, indiferente, continuou correndo até avistar seu pai, um homem alto e magro de olhos azuis e cabelos castanhos lisos. "Pai, a mamãe mandou eu vim te chamar", disse ela, abraçando-o. Ele olhava para a filha com carinho, colocando a mão em sua cabeça. "Vamos, Seraphina", disse o pai. "Sim, vamos, senão a mamãe vai ficar com raiva", respondeu a garota, correndo em direção à casa, ignorando o aviso do pai para não correr.
Seraphina entrou em sua casa e deparou-se com escadas que conduziam ao segundo andar. À esquerda, a cozinha, e à direita, a sala. Indo para a cozinha, encontrou sua mãe cozinhando. Abraçou-a sorrindo: "Eu já chamei o papai, ele está vindo", disse. Observando os cabelos ruivos e os olhos dourados de sua mãe, Seraphina sorriu. "Que bom, já estou terminando de fazer a comida", respondeu a mãe, enquanto Seraphina correu para a sala ao ouvir seu pai entrando em casa.
"Como foi? Você conseguiu encontrá-lo, Philip?" Ele balançava a cabeça ao ouvir a resposta de sua esposa, que se irritava, mas se acalmava rapidamente. "Hilda, escute, eu vou conseguir o dinheiro e então vou pagá-los", disse Philip, olhando para Hilda, que segurava uma faca. Ela suspirava. "Eu disse para você não fazer aquilo", expressou Hilda, frustrada com o que Philip tinha feito. "Fala baixo, não devemos deixar que Seraphina escute o que está acontecendo. Isso vai ser um problema", alertou Philip, encarando Hilda.
Os três terminavam de comer, e Seraphina começava a falar sobre o seu dia e como brincou até cair com seus amigos, quando ouviram batidas na porta.
Hilda se levantava e ia verificar quem era. Ao abrir a porta, deparou-se com uma carta no chão. Ela a pegou e a abriu, encontrando a mensagem de que deveriam pagar o que estavam devendo o mais rápido possível. Ao ler isso, Hilda se assustava e corria para dentro da sala, onde via Philip brincando com Seraphina, que sorria. Um aperto no peito podia ser sentido por Hilda.
'Eu quase a perdi', ela pensou ao ver Philip olhando para ela, que estava com uma carta na mão e uma expressão desesperada. Ele dirigiu o olhar para Seraphina. "Filha, é bom você ir dormir agora", disse, e Seraphina olhou para seu pai, um pouco triste. "Eu quero brincar um pouco com o papai, faz tempo que a gente não brinca", disse Seraphina, e Philip sorriu para sua filha. "No meu dia de folga, eu brinco com você até você cansar", disse Philip, piscando para ela. Seraphina ficou feliz e foi correndo para seu quarto, enquanto os dois ouviam ela correndo pelas escadas.
Hilda entregava a carta para Philip, que a lia com preocupação estampada em seu rosto. Após a leitura, ele suspirava e olhava para sua esposa com um olhar de dúvida. "E agora, o que eu faço? Eu não consigo encontrá-lo de jeito nenhum", disse Philip, com a mão no rosto. "Se você o encontrasse, poderia pedir o que ele está te devendo, e assim teríamos dinheiro suficiente para pagar a nossa dívida", sugeriu Hilda, também preocupada com tudo aquilo.
"Será que o que eu fiz foi errado?" perguntou Philip, e Hilda o abraçou. "É claro que não. Se aquele dinheiro não fosse usado, talvez nossa filha não estivesse viva agora", disse Hilda, tentando tranquilizar seu marido. 'Vai dar tudo certo', pensou Hilda, relembrando o tempo em que sua filha ficou muito doente e eles precisavam de dinheiro. Mesmo com Philip trabalhando, o dinheiro não era suficiente, então pegaram emprestado com certas pessoas que não gostavam de perder dinheiro.
Seraphina acordava no meio da noite e descia as escadas com muito cuidado para não cair na escuridão que envolvia sua casa. Seu objetivo era chegar ao banheiro, passando pela sala com três sofás, uma lareira e várias janelas de vidro. Ao olhar para uma dessas janelas, Seraphina viu vários homens na frente de sua casa, mas rapidamente desviou o olhar em direção ao banheiro. Ao retornar, olhou novamente para a janela e não viu ninguém na frente de sua casa.
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A Força da Coragem e a Fragilidade do Destino, O Assassino e a Princesa de Gelo
FantasyEm um mundo onde as pessoas têm magia, um mundo de caos e esperança, zephyr é um assassino do clã de assassinos liderado por seu pai. Ele é chamado para cumprir uma missão de matar a princesa Aurora, uma poderosa maga de gelo muito perigosa.