Confrontando o destino

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Aurora se encontrava em uma sala cheia de pessoas que ela conhecia; podia ver sua mãe, seus guardas e até mesmo Dante e Lucas estavam com ela. Todos pareciam muito felizes, rindo e sorrindo. Aurora sentia um sentimento de alegria em seu peito, era como um sonho.

'É isso que eu quero', pensou, enquanto olhava para todos nesta sala. No entanto, quando as pessoas a viram, suas peles se derreteram, seus ossos caíam, e ela via todos morrerem na sua frente. Ela corria na direção deles, mas já era tarde. "O que foi que eu fiz agora?", perguntou Aurora, olhando para os lados, assustada.

"Você os matou. Todos estão mortos, e foi você que os matou. E você ainda vai matar mais", disse uma voz que Aurora não reconhecia. Tudo ficava escuro, e Aurora começou a se sentir perdida. "Quem é que está falando? Quem é você?", perguntou Aurora, olhando para todos os lados, procurando essa pessoa. "Aqui estou eu", disse a voz. Aurora se virava para ver quem era, e ao ver a dona da voz, seus olhos se arregalaram.

A pessoa na sua frente era ela mesma. "Foi você que disse isso? Você sabe que vai acabar matando todos, não sabe?", disse Aurora com um sorriso malicioso. A outra Aurora ficava paralisada, sem entender. "Não, eu não quero mais matar ninguém. Eu quero que as pessoas que eu amo possam viver em um mundo bom", disse Aurora, caindo e chorando. A outra Aurora se aproximava dela, chegando bem perto do ouvido de Aurora e sussurrava.

"Como você planeja fazer isso se todas as pessoas que você ama morreram?", disse Aurora, começando a rir. A outra Aurora escutava aquilo sem se mexer, ouvindo tudo atentamente.

Aurora abria o olho, e a primeira coisa que ela via era o teto de seu quarto. Ao olhar para o lado, via Lucas e Adrian sentados numa cadeira, ambos dormindo e encostando um no outro, ela também sentia um pouco de dor.

'Como eles conseguem dormir assim', pensou incrédula. Aurora percebeu uma pessoa abrindo a porta. "Você está bem?", perguntou Sienna, visivelmente preocupada com Aurora. "Estou bem, ou quase isso", disse Aurora, tentando encontrar uma resposta melhor, enquanto olhava para Sienna.

"Eu suponho que você estava em alguma missão", perguntou Aurora, e Sienna acenou com um sorriso. "Acabamos de matar todos os dragões que existem, mas, infelizmente, o Cássius sumiu e Seraphina também", disse Sienna. Após mencionar o nome de Seraphina, o humor de Aurora mudou. "Como assim ela sumiu?", disse Aurora com um olhar frio e um tom mais autoritário. "O que a gente fez foi em vão? Ela nos usa e depois nos descarta?", disse Aurora, bastante irritada.

"Ela disse que isso seria para o melhor final possível, o que acho que deve ser o que ela mais gosta de falar", disse Sienna, percebendo a irritação de Aurora. Sienna também olhava para Adrian e Lucas, que estavam dormindo, e dava um tapa na cabeça dos dois os despertando. "O que merda é essa?" disse Adrian ao ver Sienna. "Eu trouxe o Lucas e aquela outra garota que estava presa quando levei o Dante pra lá", explicou Sienna. Aurora olhava para os dois, sentados na cadeira.

"Eu imaginei que isso seria o caso, mas eu só não esperava que você ia trazer a Jasmine também", disse Aurora, e Sienna apontou para Lucas com um sorriso travesso. "Foi ele que me pediu", disse Sienna com um tom provocativo.

"Você queria que eu a deixasse sozinha. Alguém deveria ficar de olho nela", disse Lucas, olhando para os lados com um pouco de vergonha. "Nem vem, que eu não caio nessa. Eu sei que o que você quer é outra coisa. Eu te entendo, ela é gostosa, e talvez você tenha alguma chance", disse Adrian, exibindo um sorriso malicioso e provocativo.

"Não é nada", disse Lucas. Adrian e Sienna perceberam que poderiam mexer ainda mais com Lucas. "É claro que não. Ele não é idiota de tentar pegar uma garota linda como ela, e óbvio que ele não tem chance nenhuma", provocou Sienna, enquanto Adrian continuava: "E tem razão, ele ainda não chegou no meu nível. Mas, como uma criança, você pelo menos pode pensar em tentar, embora eu duvide que você consiga", disse Adrian, rindo de Lucas, que ficava irritado.

"Vocês estão mesmo duvidando de mim", disse Lucas com um sorriso presunçoso. "E desde quando você tem alguma moral para falar isso", provocou Sienna, continuando a provocação. Lucas sorria para ele e se levantava, ficando de frente para Sienna.

"Eu vou mostrar para vocês o que eu consigo fazer", disse Lucas, saindo do quarto e deixando apenas Adrian, Sienna e Aurora, que estava tentando entender o que aconteceu. "Vocês não vão atrás dele?", perguntou Aurora. Sienna apenas riu, e Adrian nem escutou o que Aurora havia dito.

A porta se abria mais uma vez, mas dessa vez quem entrava era Zephyr. "Vocês podem me dizer por que o Lucas saiu correndo daqui?" ele perguntou, vendo Adrian se levantar e colocar a mão em seu ombro. "Ele foi para a guerra", disse Adrian, com um olhar determinado. "Guerra? Que guerra?" perguntou Zephyr, sem entender. "A guerra do amor, ou seria do sexo", disse Adrian, deixando Zephyr confuso.

"O que deu nele? Ele está bem", perguntou Zephyr, um pouco desorientado depois de falar com Adrian. "Não se esqueça, ele é um imbecil", disse Sienna, e Zephyr acenava. "Mas o que você faz aqui?", perguntou Aurora. Zephyr olhava para Aurora, que se sentava na cama ainda demonstrando cansaço. "Zarek quer que todos se reúnam, e isso inclui você, Aurora", disse Zephyr com um olhar firme.

"Tudo bem, mas eu quero fazer algo antes", disse Aurora com um olhar sério e determinado. Seus braços tremiam, mas ela rapidamente se acalmou, e seu olhar e expressão ficaram mais firmes.

'Eu tenho que fazer isso', ela pensou, tentando jogar para longe toda a insegurança que tinha. Queria esquecer e superar seu passado, mesmo sendo a coisa mais difícil que poderia fazer. Sienna e Zephyr viam os olhos de Aurora, que não demonstravam nenhum pingo de insegurança.

Ao contrário, os olhos, que antes demonstravam dor, agora exibiam confiança. Zephyr e Sienna se olharam e acenaram um para o outro.

No quarto onde Jasmine estava deitada devido aos seus ferimentos, Lucas havia acabado de lhe contar o que aconteceu com o reino em que ela vivia. "Você está me dizendo que o reino em que eu vivia foi destruído?", disse Jasmine, assustada. Ela não conseguia acreditar no que ouviu, um sorriso aparecia em seu rosto o nervosismo tomava conta dela.

"É mentira, isso é impossível! Quem conseguiria destruir um reino inteiro?" Depois de fazer a pergunta, Lucas ficava em silêncio. "Fui eu que o destruí", Lucas ouvia uma voz que não esperava. Aurora estava ao seu lado, olhando para Jasmine, que ouvia aquilo com os olhos arregalados. Um sorriso torto aparecia em seu rosto, e seus olhos ficavam vazios. Aurora se aproximava de Jasmine, que a olhava com desgosto.

"Foi minha culpa. Todos que você conhece morreram. Você pode me culpar o quanto quiser. Se você quiser vingança, eu irei te entender", disse Aurora, que estava completamente calma, controlando seus sentimentos, sua maior fraqueza naquele momento. 'Agora não é hora de fraquejar', ela pensou, olhando para Jasmine, que estava calada. "Você disse vingança, que engraçado. Eu não acho que eu consiga fazer algo contra você, nem agora, nem nunca", disse Jasmine, que olhava para suas pernas, continuando.

"Eu não sei por que você fez aquilo, mas olhando para seu rosto agora, não parece que tenha sido proposital. Ainda assim, a única coisa que estou sentindo é uma raiva tremenda de você. Mas também me sinto mal. Vocês dois poderiam me deixar sozinha", disse Jasmine, olhando para Aurora e Lucas, que saíam de seu quarto. Quando percebeu que estava sozinha, lágrimas começaram a sair de seus olhos, até que ela pensou em algo.

"Qual será o motivo de eu ainda estar viva e como ela perdeu o braço?" Jasmine parou de pensar nesse tipo de coisa e apenas tentou dormir.

Aurora andava junto de Lucas, que olhava para ela. "Você acha que ela vai ficar bem?", perguntou Aurora, e Lucas olhou para o chão. "Eu realmente não sei", respondeu Lucas. Na frente dos dois, encontravam-se Zephyr, Sienna e Adrian.

No Reino de Artheria, no Palácio Real, estavam presentes Sienna, Zephyr, Adrian, Aurora e Lucas, juntamente com Zarek, Sophia e Alaric. "Erevan não vai vir ainda", disse Zarek. Zephyr deu alguns passos para frente. "Antes de tudo, eu tenho um pedido, pai", disse Zephyr, olhando para seu pai.

"O que você quer?", perguntou Zarek, encarando seu filho. "Eu quero terminar um trabalho inacabado", respondeu Zephyr friamente, deixando Zarek confuso. "De qual trabalho você está se referindo?", ele perguntou.

"O trabalho de matar todos do orfanato", respondeu Zephyr, e Zarek olhou para Zephyr e depois para Sienna. "O que você quer dizer? Você já terminou esse trabalho há alguns anos atrás", respondeu Zarek, e Zephyr balançou a cabeça.

"Não, ainda tem um vivo, e ele está em Avalonia", disse Zephyr, transmitindo sua sede de sangue por toda sala. Com um olhar inabalável, ele viu seu pai assentir com seu pedido.

A Força da Coragem e a Fragilidade do Destino, O Assassino e a Princesa de GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora