016 | CROSSOVER PT1

55 4 0
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

016: SALVANDO PESSOAS PÁSSARO DE UM SUPERVILÃO IMORTAL

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

016: SALVANDO PESSOAS PÁSSARO DE UM SUPERVILÃO IMORTAL

Minha semana está horrível. 

Tem algo que eu nunca falei, e que eu evito pensar. Eu odeio meu corpo, muito, muito mesmo. Eu não tenho motivos específicos, mas eu só não gosto do quão feminino ele é.

"Mas você é uma garota" sim, mas eu odeio isso. Eu cresci na rua, e logo eu aprendi que é mais seguro você ser um garoto na rua. Eu cortei o cabelo bem curto — A senhora Jenkins nem ligou — eu usava roupas mais largas e ficava feliz quando as pessoas me chamavam de "mocinho".

Por muito tempo eu aprendi a falar e agir como um garoto, tudo para não ser vítima do mal.  Mas depois de um tempo eu passei a realmente gostar disso. 

Na verdade eu acho que sempre gostei, mas eu fui deixando de lado quando fui crescendo. Eu deixei o cabelo crescer e até comecei a pintar as unhas com os esmaltes velhos que tinha no orfanato. Mas as roupas... nunca consegui parar de usar roupas largas.

Nunca consegui parar de me esconder por baixo das camisetas de doação que vinham para o orfanato. Tem uma que eu cuido muito bem, ela é preta e tem aquele triângulo do Pink Floyd. Eu não sou muito fã de Rock, mas essa é a blusa que eu mais gosto.

E por que eu gosto dela? Porque eu estava com ela quando uma senhorinha me chamou de "rapazinho" mesmo com o cabelo batendo nos ombros. Depois a senhorinha me viu e se corrigiu, mas eu a corrigi de volta. 

Foi instinto, eu nem sei o porquê fiz aquilo. Eu simplesmente me senti a pessoa mais amada do mundo sendo chamado de "rapaz"

Eu sempre achei o fato de querer ser um garoto muito natural para mim, já que eu fingi ser um por muito tempo. Mas conforme eu crescia, eu comecei a ver que não é tão normal apreciar ser chamado pelos pronomes opostos.

Mas por que eu estou te contando isso? Bem, eu nunca me importei em como era chamada, tanto que quando eu descobri minha bissexualidade e achava que era gênero fluído, mas eu deixei para lá, afinal se eu era gênero fluido eu apenas não me importaria em como ser chamada.

Os mais Rápidos de Central City ↝ ᵃʳʳᵒʷᵛᵉʳˢᵉOnde histórias criam vida. Descubra agora