015. Fora.

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Suas mechas castanhas balançavam contra o vento e seu rosto esboçava um sorriso lindo

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Suas mechas castanhas balançavam contra o vento e seu rosto esboçava um sorriso lindo. Meus braços a agarram em um caloroso e aconchegante abraço.

Seus dedos delicados acariciavam meus cabelos e eu pude sentir seu cheiro leve e doce. Involuntariamente, funguei mais um pouco a respiração, procurando um pouco mais de seu delicioso aroma.

— Seu cheiro é doce como jujubas.

Um risinho tímido saiu de seus lábios e pude ter a certeza de que naquele exato momento, suas bochechas estavam semelhantes a tomates. Um arrepio correu por todo meu corpo quando beijos leves foram transferidos em minha pele.

— Preciso que seja forte, querido.

— O que?

— Seja forte. Sei que pareço estar longe, mas estou mais perto do que imagina.

Antes mesmo que eu pudesse compreender, minha garota sumiu como névoa de meus olhos. O vazio que senti em meu peito era instantâneo, minha garganta fechou e meu coração suplicou por seu aconchego de volta.

Eu a perdi. A perdi mais uma vez.

Senti como se minhas narinas se afogassem. Espere um minuto... Eu estava realmente me afogando!

Levantei rapidamente o meu tronco, desencostando minhas costas do acolchoado, comecei a tossir e passei minha mão direita por meu rosto e afastando minhas mechas grudadas na testa.

— Está atrasado, bobão. — Meu sangue ferveu assim que a voz de Daelo ecoou pelo quarto. Levantei depressa da cama, indo em direção ao mini-eu e o carreguei pelo meu ombro. — Ei, seu babaca, sou seu despertador e você ainda me trata assim? Se prepare pois quando eu for colocado no chão, irei te esmagar.

Joguei seu pequeno corpo em sua cama de dinossauros e saí correndo em direção ao meu quarto, sabia que suas ameaças não eram falsas então fiz questão de trancar a porta.

Arranquei a blusa de pijama que grudava em meu abdômen inteiro, fui direto para baixo do chuveiro assim que terminei de me despir por inteiro. A água gelada fez meus pelos arrepiarem e meus músculos relaxarem.

Minhas mãos foram até os azulejos da parede, minha cabeça caiu para baixo e senti as gotículas d'água em meu rosto. Meu punho se fechou e minha respiração pesou. Esse sentimento já era latente dentro de mim, mas por algum motivo eu o sentia sempre que me lembrava de Beth.

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