001. começo.

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2014 - Georgia.

A única coisa que sentia naquele momento era a brisa batendo sobre meu rosto e a grama fofinha do quintal de minha casa.

Hoje eu completara 8 anos de idade,mas é como se fosse mais um dia normal, em que minha tia faz o papel de mãe e pai que eu não tenho.

Minha mãe morreu quando eu ainda era um feto, é o que minha tia diz. Já meu pai, foi fazer uma missão de super herói em outro universo! Adoro quando titia conta uma das aventuras do papai.

Sei que contando desta forma, parece ser uma aventura e tanta, mas nem tanto. Isso faz com que ele nunca seja presente em nada, e eu apenas preciso aceitar de que por conta de suas missões, eu precisarei ficar com titia Amélia.

Saí de meus pensamentos quando escutei uma voz.

— Ei! Por que está chorando? — Um garoto me questionou enquanto se sentava ao meu lado na grama. Ele tinha o cabelo castanho não tão escuro, pele clara com poucas sardas, olhos esverdeados e usava um óculos engraçado. — Minha mãe me disse que sempre que crianças estão chorando, significa que elas precisam de um abraço!

Levantei um pouco mais minha cabeça e o garoto desconhecido pediu permissão para me dar um abraço, acabei deixando.

Ele passou seus braços envolta de meu pescoço de modo desajeitado e eu me encostei em seu ombro.

— Meu pai é um super-herói. — Comecei dizendo e não precisei olhar para saber que o menino que me abraçava encarava-me com a face de curiosidade e entusiasmo. — Mas suas missões não são no nosso mundo, por isso ele nunca está aqui. — Funguei enquanto passava minhas mãos em meus olhos marejados.

Depois de alguns segundos de silêncio, ele começou:

— Já parou para pensar que em algum momento ele irá voltar?! — Assenti escutando atentamente as palavras do mesmo. — Seu papai está ajudando outros seres, e pelo o que eu saiba isso é bom! — Ele puxou meus ombros fazendo com que eu ficasse de frente à ele. O de óculos passou seu polegar por minha bochecha, limpando as lágrimas que caiam. — Não precisa chorar mais por isso! Ele vai voltar quando terminar de ajudar o povo, eu tenho certeza.

Abri um sorriso sincero no rosto e abracei o menino.

— Aliás! Sou Jaden, Jaden Walton. — Ele ergueu uma de suas mãos e me cumprimentou em um aperto.

— Elizabeth. — Falei um pouco baixo por achar meu nome estranho e nome de vovós.

— Beth! Seu novo apelido será Beth. — Jaden levantou da grama e me puxou junto. — Minha mamãe fez bolo de morango, quer ir comer um pedaço? Minha casa é ao lado da sua!! Poderemos brincar muito agora que somos amigos

O resto do dia foi resumido em Jaden me fazendo rir, tia Jessica me dando vários pedaços de bolo e no final do dia, cantamos parabéns para mim, depois de eu contar sobre meu aniversário.

Jaden Walton, meu primeiro amigo de verdade, a primeira pessoa que me alegrou no dia do meu aniversário.

× QUEBRA DE TEMPO ×
2016 - Georgia.

— EU NÃO QUERO IR!! — Gritei com tia Amélia que insistia em me fazer querer morar em Nova York com ela por questões de trabalho.

— Querida, entenda que nós não podemos ficar aqui sem eu trabalhar. Já te expliquei que o único emprego que consegui foi em Nova York. — Amélia tentava ao máximo manter a calma, mas eu não ligava para a calma! Eu não queria ir. — Prometo que voltaremos assim que conseguir.

connected; ʲᵃᵈᵉⁿ ʷᵃˡᵗᵒⁿOnde histórias criam vida. Descubra agora