019. Desculpa.

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Não sou mais uma criança
Nunca mais seremos essas crianças
Ivy, frank ocean.

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˚ · • . ° . 🧺 𝖩𝖺𝖽𝖾𝗇 𝖬𝖺𝗍𝖺𝗂 𝖶𝖺𝗅𝗍𝗈𝗇 🫧 . *.
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Com a cabeça descansada em minha almofada, eu escutava a melodia de Ivy tocando todos os sentidos do meu corpo

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Com a cabeça descansada em minha almofada, eu escutava a melodia de Ivy tocando todos os sentidos do meu corpo. Meus olhos pesavam e eu me obrigava a deixá-los abertos por mais algumas horas.

Nunca fui de ficar acordado até horas da noite mas minha cabeça obrigava-me a funcionar até o amanhecer. Batuquei meus dedos no pequeno caderno de folhas amarelas que descansavam em minhas pernas enquanto, pela milésima vez naquela madrugada, eu desenhava seu rosto delicado que algum dia ousou me enfeitiçar.

Os traços eram violentos, deixando seu rosto com expressões fortes e mais sérias, demoníacas. Não sei se o que eu fazia era certo, amaldiçoa-lá através da minha mágoa, mas naquele momento a acídia me dominava.

Fui interrompido do meu momento quando uma luz branca atingiu meus olhos, vindo do lado de fora de casa. Por pura curiosidade, levantei-me da cama e abri mais um pouco a cortina escura e pesada, me dando uma visão mais ampla da rua.

Lá estava Elizabeth junto a Erik, mas dessa vez foi diferente. Os dois discutiam, Beth transmitia tédio e exaustão em sua feição, já o loiro gesticulava seus braços enquanto falava algo que eu não pude compreender. A garota disse algo para o mesmo que pareceu se revoltar, vi o loiro entrar rapidamente em seu carro e dar partida. Logo após, vi Beth entrar calmamente em sua casa.

Foda-se.

Eu já não tinha nada a ver com o que acontecia ou deixava de acontecer com a vida da garota, já havia tempos que a mesma já não fazia mais parte da minha vida.

(...)

Desfiro um soco certeiro em seu nariz, logo após de empurrar Erik na parede úmida do beco atrás da academia em que eu sempre soube que ele treina.

— O que eu te disse naquele dia, porra?! — Segurei em seu colarinho enquanto empurrava sua cabeça contra a parede.

— Eu... Aquela foi a última vez. Eu juro, cara! — Ele apertou seus olhos com força, evitando contato visual comigo.

— Me diz pra que você continua indo até ela!? Você nem gosta dela. — Minhas cordas vocais tremiam a cada grito que eu dava com o loiro, que parecia implorar sem ao menos dizer algo. — Por que continua com essa porra?

— A Eva. Foi ela quem me obrigou! Essa garota é maluca, cara. Ela me pagou desde o começo para ficar com a Liz. — Ele ofegou antes de continuar. — Antes, eu jurei que ela só queria que alguém ficasse com ela, não que machucasse ela de alguma forma. Eu gosto dela, porra! Mas quando eu percebi, já estava envolvido demais nessa merda. Ela me pagava a todo encontro que eu fazia com ela, mas eu cansei disso.

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