Epílogo

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POV Zoro

Após o surto de Sanji, passaram alguns dias e tudo tem estado a correr bem. Apesar de Sanji ainda sentir alguma culpa pelo que aconteceu, ninguém o deixa viver com essa culpa, abstraindo-lhe desse pensamento e fazendo-o pensar em coisas mais positivas.

Não é que eu não goste dos meus cunhados cá... mas desde que eles se reconciliaram com Sanji que eles não o largam nem por um segundo. Fazem tudo juntos, à exceção de cozinhar que Sanji os expulsou da cozinha por eles estragarem os seus pratos.

Faz tempo que não passo tempo só com Sanji. Só temos tempo de manhã e à noite, quando nos vamos deitar ou quando acordamos. Tenho saudades do meu namorado e estou no meu direito de o sentir.

O resto do bando não parece se importar muito com isso, uma vez que estão ocupados com as suas tarefas e sabem que Sanji está feliz com as novas relações que ele tem com os irmãos.

Também sei que Sanji está a aproveitar o máximo tempo possível com eles, porque depois de deixá-los no reino, não saberemos quando voltaremos a encontrarmo-nos com eles.

Já há uns dias, Reiju tinha mandado uma carta para o pai a explicar a situação e a pedir um ponto de encontro entre os dois navios. Foi decidido que iríamos encontrar-nos nos arredores da ilha Yukiryu em cerca de uma semana.

Nami avisou ontem a Sanji que estavamos cada vez mais próximos da ilha, e é natural que o meu namorado, cada vez que pensa nisso, fique triste.

Neste momento era início da tarde. Nami disse que provavelmente hoje chegaríamos à ilha, então Sanji decidiu fazer um grande banquete. Por conta disso, Luffy e Yonji dormiam juntos com as barrigas cheias.

Sanji estava a lavar os tachos e eu estava a fazer-lhe compainha na cozinha, pois estava agora a limpar as minhas espadas. Todos os outros estavam a fazer uma sesta da tarde ou a fazer as suas atividades habituais.

- Sabes... correu melhor do que eu estava à espera.- refleti sobre a situação

- Do que falas?- perguntou ele sem olhar para mim

- Estava à espera que a tua família fosse uma besta... mas eles acabaram por se revelarem pessoas que nem mesmo tu conhecias, não é?- indaguei com um pequeno sorriso

- Sim. Quem me dera passar mais tempo com eles...- desejou Sanji esperançoso

Eu larguei as minhas espadas em cima da mesa. Levantei-me do assento e dirigi-me até Sanji. Passei a minha mão pela sua cintura, de forma a que ele se virasse para mim. Ele estava claramente triste, mas sinceramente prefiro vê-lo triste do que a chorar e a entrar em pânico. Parte-me o coração ao vê-lo assim.

Sanji olhou-me melancólico. Eu sei, mas é necessário. Um dia eles irão ver-se de novo. Ainda são jovens... tem uma vida toda pela frente. Para sorte dele, eu sei como animá-lo.

- E comigo, não? Tenho me sentido tão sozinho estes dias...- confessei enquanto lhe dava beijos no pescoço

Eu amava dar beijos no seu pescoço porque era uma zona sensível para ele, então ele contorcia-se todo e evitava ao máximo para não rir.

- Com ciúmes, marimo?- perguntou Sanji com um sorriso convencido

- É só impressão tua.- falei enquanto subia os beijos ao longo do pescoço

Eu alcancei o seu rosto e dei-lhe um beijo nos lábios. Sanji retribuiu com intensidade. É... há muito tempo que já não tínhamos estes nossos momentos.

A minha vontade agora era de colocá-lo em cima da bancada era incalculável, mas ambos tinhamos noção que temos doze membros no navio, e que podem entrar em qualquer momento. Só temos a nossa privacidade no nosso quarto...

The real n°3 (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora