Han Jisung é a própria definição de nerd. Há milhares de HQ's, já assistiu diversos filmes de super-heróis, seu quarto é cheio de pôsteres, e a conversa que mais tem com as paredes de sua casa é sobre essas mesmas coisas, tendo inúmeras curiosidades...
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Com Jisung novamente estando na biblioteca, poderia dizer que também estava mais uma vez cercado de palavras cruzadas e distintas, que traçavam caminhos diferentes, mas ainda assim conseguiam se topar uma na outra de vez em quando.
Palavras que voltavam a ter sentido e eram visíveis aos seus olhos. Mais uma vez rodeado de história, de livros com tantas e tantas palavras sentidas. E, mesmo que tenha essas tantas palavras, ainda assim o local conseguia abrir o espaço do silêncio.
Era como estar cercado de tudo, ao mesmo tempo de nada.
E no meio disso estava Jisung. Sendo muito, mas ao mesmo tempo pouco. Talvez sendo incrível, mas ainda assim insuficiente?
O mapa aberto na tela de seu computador se tornou o de menos. Mais uma vez tinha se distraído e não olhava a tela do eletrônico, pensando em muitas coisas ao invés de se concentrar sobre o que deveria realmente ser importante no momento.
Perdido por entre o que tinha chance de ver e o que tinha vontade de apagar de sua memória. Preso nesse sim e não. Um palpável. Um que Jisung queria abrir com suas próprias mãos, descobri-lo entre a bagunça do que tinha transformado.
Mas precisou sair disso — desse desejo — assim que sentiu alguém sentar-se ao seu lado.
Deu uma pigarreada, voltando a olhar o computador e fingir que estava ali, naquele mesmo plano material, por todos os minutos que havia estado naquele local.
— O que está fazendo? — A voz de Minho soou pelo local, baixa, perguntando curioso ao olhar para a mesma coisa que Jisung fingia se importar, no caso, na tela do computador que parecia ter ganhado um resquício de brilho com a chegada do maior.
Diante da mentira de fingir se importar com aquela mesma tela, essa importância se tornou verdadeira ao que precisou mentir em outra parte, sendo isto na sua fala seguinte.
— Tô dando uma olhada nesse mapa aqui. Procurando algum... bar. — E essa era a mentira, uma que parecia pequena, por isso havia saído de seus lábios. Uma que o Lee não percebeu, assim franzindo o cenho pela informação.
— Você não tem cara de quem gosta de beber — disse, em meio a uma especulação.
— E eu não gosto — deu de ombros, mexendo no mousepara procurar o que tinha dito. Talvez as coisas que tinham acontecido naquele seu solitário parecessem ganhar uma pitada de mentira visto que, enquanto conversava com Minho, ainda sem olhá-lo, estava diante de uma normalidade absurda. Não achava que seria possível sonhar acordado com coisas bonitas, com desejos, quereres, e vontades, e logo após estar em uma realidade tão sem cor. — Estou procurando um pra ver se aceitam eu me apresentar lá — disse, dessa vez sendo verdade.
— Apresentar? — O cenho continuava franzido, Minho ficava cada vez mais confuso.
— Eu não te disse? — virou a cabeça e finalmente fitou diretamente os olhos de Minho, sabendo, naquele exato momento, o porquê de ter evitado aquilo até naquele momento. (não havia sido uma mentira, pois o local ganhava novos tons ao que seu olhar se cruzava com o de Minho).— Eu, Chan e Bin formamos um trio e tocamos algumas músicas de nossa autoria. Já nos apresentamos em alguns lugares antes para termos uma renda extra enquanto fazemos algo que gostamos.