Han Jisung é a própria definição de nerd. Há milhares de HQ's, já assistiu diversos filmes de super-heróis, seu quarto é cheio de pôsteres, e a conversa que mais tem com as paredes de sua casa é sobre essas mesmas coisas, tendo inúmeras curiosidades...
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As semanas haviam se passado, os dias continuavam iguais e sua rotina não havia mudado tanto.
Seus pesadelos continuavam, noites com seu sono sendo completamente jogado de lado, madrugadas da qual passava na frente de seu notebook, ora estudando, ora encarando um nada de seu quarto. Sua cabeça pifava a cada noite, simplesmente não dormia e não sabia mais o que fazer.
Minho frequentava sua casa para estudarem juntos, ou Jisung que ia no apartamento do maior. Han se sentia muito bem nesses dias, se deleitava em uma companhia boa e aprendia coisas novas, se dando bem em trabalhos porque as coisas ficavam frescas em sua cabeça quando era Minho que lhe explicava — mesmo que muitas vezes se distraísse por ser exatamente o moreno que falava e falava, bem à sua frente.
Mesmo que entendesse a importância de ir às aulas e muitas outras coisas, haviam dias onde simplesmente não dava para pisar em qualquer sala de aula. Se via muitas vezes sentado em alguma cadeira da biblioteca, vivendo em um mundo fantástico que era descrito em algum livro, ou arranjava outras coisas para uma viagem longa.
Teve algumas outras vezes que voltava à sala onde quase explodiu de sensações, aquela mesma da qual quase conseguiu juntar seus lábios com os de Minho.
Quando abria a porta lentamente, uma chama de esperança gritava dentro de si. Uma parte de seu corpo desejava ficar ali sozinho, em um silêncio, mas a outra formigava em desapontamento quando percebia a ausência do Lee ali. Queria muito o maior consigo em vários momentos, queria que Minho transformasse mais coisas de sua vida ou que o fizesse se sentir vivo mais uma vez.
Em meio ao seu desapontamento, sentava-se no chão da sala e passava a tentar escrever alguma letra, na esperança de encontrar alguma luz e saber exatamente o que deveria representar em uma música, procurava sentimentos e palavras que pudessem o ajudar nisso, mas não conseguia, nunca conseguia. A sala parecia vazia sem a presença de Minho ali, e isso o frustrava.
Muitas vezes se via sentado no chão, forrado de folhas rasgadas e ideias perdidas. Parecia que nada sairia mais de sua cabeça, sua mente não conseguia pensar em nada, parecia que não funcionava mais. Isso também era outra coisa que lhe frustrava.
Estar ali, naquela sala, parecia não ter sentido algum. Estar tentando escrever alguma letra também. Muitas vezes pôde se perguntar o que fazia ali, se realmente havia algum objetivo nessa ação, se realmente precisava estar ali.
Era bem óbvio que, da última vez que esteve ali acompanhado, seus pensamentos voaram longe e conseguiu ter vários flashes de... sentimentos, e era isso que precisava. Necessitava sentir para conseguir colocar sentimentos no que fazia, no que amava fazer.
Não se importava se outras pessoas tinham um processo criativo diferente do seu, apenas sabia que o seu era daquela forma e, sendo assim, naquele momento, nada conseguia fazer.
Depois de mais alguns dias, Jisung, após confirmar com Chan, Changbin e o dono do bar que Minho tinha lhe apresentado, finalmente pôde perguntar em alto e bom som se o Lee queria vê-los em cima de um pequeno palco, apresentando sentimentos servidos em pratos de melodia.