Como ser o Homem-Aranha - Minsung [em revisão]

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No primeiro dia tentando ignorar Jisung, o fez com sucesso.

Encheu sua cabeça de tantas e tantas coisas que não tinha tempo nem de respirar. Com isso, também se esqueceu momentaneamente do Han e pôde fazer todas as suas obrigações sem nenhum tipo de dificuldade. Responsabilidades sobre suas duas vidas.

No segundo dia, como tinha feito muitos de seus deveres no dia anterior, naquele já não tinha tantas coisas para fazer e acabava recorrentemente lembrando do sorriso do menor e de qualquer mínima coisa que constituía ele, já sentindo saudade e pensando se deveria parar com aquilo tudo. Mesmo que não quisesse errar.

Muitas vezes se via encarando a barra de notificação de seu celular, vendo as mensagens que Jisung lhe mandava.

Seu dedo coçava para abrir o chat do loiro e respondê-lo, mas se segurava.

No entanto, naquele terceiro dia... Minho estava insuportável.

Era como se tivesse acabado de sair de um longo e duradouro relacionamento; qualquer coisa que via, automaticamente se lembrava de Jisung.

Quando acordou, sozinho em sua cama — até mesmo seus gatos não o faziam companhia —, se sentiu completamente xoxo e capenga, quase choramingando por não acordar ao lado de Han e estar, há exatos três dias, sem receber nenhum beijinho do loiro.

Parecia uma criancinha mimada com o biquinho que tinha em seus lábios, com uma careta desgostosa da situação em que estava. E pior! Por causa dele mesmo.

E, no decorrer do dia, apenas piorava.

Seu humor que já não estava em seu melhor dia parecia apenas despencar com o passar dos minutos ou horas, fazendo uma expressão chateada se apossar de seu rosto e não mais sair. Não gostava do que presenciava e nem de saber que a culpa daquilo tudo era sua.

Mas, mesmo assim, não procurava formas incansavelmente de melhorar aquele seu humor. Não podia. Não podia. Tinha se convencido disso há muito tempo. Tinha errado ao beijar Jisung e ao se apaixonar por ele, por isso não podia levar nada daquilo para frente. Sabia disso.

E, mesmo que soubesse, soubesse mesmo, não conseguia negar que estava virando uma grande bola murcha por simplesmente não ver o sorriso de Jisung, suas bochechas coradas, sentir seu cheiro, sentir seus lábios no dele, sentir seu cabelo hidratado na ponta de seus dedos, seu hálito quente contra o seu dentro de uma provocação infundada e... Meu Deus.

Minho estava viajando por dentre sua própria mente, vagando por tudo o que já tinha conseguido sentir do corpo do menor. E, Meu Deus! Sua cabeça estava a ponto de o mandar para lugares tão sonhadores que o Lee sequer se orgulhava daquilo!

Era normal, sabia que era. Estava apaixonado e não aguentava se esforçar tanto para deixar essa paixão de lado, essas lembranças e essa necessidade de toque, mas, ahh, mesmo assim, se sentia um panaca por ficar desse jeito: sonhando acordado por entre coisas que aconteceram e não aconteceram, ao invés de tentar reverter exatamente isso.