Como ser o Homem-Aranha - Minsung [em revisão]

【🕸️🐞】Como poder ver história em seus movimentos

Assim que Jisung abriu lentamente seus olhos, em um mar profundo de sonolência, a primeira coisa que pensou fora em quão estranho estava o local. Não parecia seu apartamento, seu quarto.

Com poucos segundos lembrou-se de onde estava, no caso a casa de Minho, e foi aí que percebeu os braços que o rodeavam, o calor de um outro corpo perto do seu, uma fragrância diferente.

— Bom dia, Jiji. — Minho cumprimentou, fazendo o menor arregalar os olhos. Mal raciocinava direito e aquela voz rouca perto de si o fez dar pane total. Jisung se envergonhou, os dois emaranhados entre suas próprias pernas e espaços.

— A-Ah... — Arfou, porque quando foi tentar falar a mínima coisa, não saiu. Ali se sentiu mais patético. — Bom dia... — murmurou baixinho, querendo se xingar.

Quando entraram em um silêncio conjunto, Jisung se sentiu muito estranho.

Há quanto tempo Minho estava acordado? Por que não havia o despertado? Por que parecia simplesmente não ligar para a proximidade dos dois?

Han usava o braço de Minho como travesseiro, sua cabeça encostada no peitoral do maior e sua perna passando por cima das dele. Aquilo era muito íntimo, muito estranho para dois amigos.

Mas, talvez fosse o desejo de nunca ter sido uma amizade que fazia Jisung não achar aquilo estranho, e sim gostoso. Abraçado com Minho em uma única cama, podendo sentir diversas coisas ao mesmo tempo só de saber quem estava ali, ou que estava daquela maneira com alguém, ainda mais alguém tão bonito.

— A gente precisa levantar. — Minho disse, começando com um cafuné nos cabelos loiros do Han.

— Assim que eu não vou querer sair nunca — Jisung contrapôs, fechando os olhos em serenidade, Minho olhando para essa cena e quase sentindo seu coração transbordar dentro de si. — Estamos atrasados?

Lee procurou com os olhos o relógio analógico que sempre ficava em seu criado-mudo, checando a hora.

— Dá pra não ligar pra isso agora, digamos assim. — O loiro riu de leve da resposta. Não era algo preciso, mas também poderia ser uma resposta satisfatória, visto que a única coisa que queria fazer no momento era continuar naquela cama junto do maior.

A mão suave em seu cabelo continuou, todos os músculos de Jisung relaxados e sua mente da mesma forma. Não ligava para muita coisa, só em estar.

Minho deixou qualquer tipo de preocupação para depois, qualquer responsabilidade ou obrigação. Não era todo dia que poderia dar cafuné no menor, muito menos de dormir confortavelmente com ele.

— Desculpa ter dormido aqui... — Jisung disse, abrindo levemente seus olhos. Minho tinha entendido que o pedido de desculpas era por ter dormido naquela mesma cama, já que tinha posto um colchão no chão para o outro dormir — não o deixaria dormir naquele seu sofá duro —, mas cada mínima coisa pareceu sumir de sua mente quando seus olhos encontraram os de Han, em uma busca infinita pelo mundo.