【🕸️🐞】Como se sentir livre

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— Prontinho — Minho disse, dando batidinhas na coberta que cobria Hajun e quase se levantando da cama

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— Prontinho — Minho disse, dando batidinhas na coberta que cobria Hajun e quase se levantando da cama.

— Não pode contar uma historinha pra eu dormir? — A criança perguntou, olhando com expectativa para Minho.

O mais velho sorriu doce, achando aquilo muito fofo.

Não parecia ser grande coisa ficar um tempinho a mais ali na cama apenas para contar algum pequeno conto à criança, na verdade, Minho até mesmo conseguiu se alegrar com aquilo, porque dentro daquele sorriso aconchegante de Hajun, vivia alguma coisinha que fazia o Lee se sentir bem.

— Sua mãe te conta histórias antes de dormir? — perguntou.

— Sim — puxou um pouquinho da coberta para cima. — Papai e Hanji também.

— Que tipo de história?

— Hm... Qualquer coisa.

— Qualquer coisa mesmo? — Assistiu a criança acenar positivamente para si, e então continuou: — Já ouviu a história do vagalume que não brilhava?

— Não... — disse baixinho.

— De dia ele tentava aproveitar tudo o que conseguia, mas de noite a única coisa que ele poderia fazer era apreciar de longe o show que os outro vagalumes davam — começou, com a criança prestando atenção em si. — Todo dia ele recebia conselhos de vagalumes mais velhos, eles falavam sobre remédios que ele poderia tomar para conseguir brilhar, mas o vagalume não tomava; não estava doente para ter que tomar remédio, e, na verdade, já havia testado tantas coisas que sabia que nada funcionaria.

Minho se esforçava em lembrar da pequena história, pois nunca pensou que precisaria recitá-la em algum momento de sua vida.

— Cada dia que passava, a única coisa que ele fazia era assistir de longe, era admirar. Não foi tão ruim para ele, até porque ele conseguiu entender o que era a admiração exatamente por causa disso, mas, também pelo fato de simplesmente não brilhar, os outros vagalumes tratavam ele como se este estivesse quebrado, como se fosse uma falha, um erro. O vagalume sabia bem que não era um erro não conseguir brilhar sozinho, mas queria saber brilhar e não ter que viver admirando os outros.

— Por que os outros vagalumes acham que tem algo errado com ele só porque ele não consegue brilhar? — Hajun perguntou, acabando por interromper o maior. Prestava atenção de verdade e estava realmente confuso sobre sua questão.

Minho sorriu.

— Porque é sempre assim: quando você não consegue fazer algo por si próprio, os outros acham que precisa de conserto.

— Mas... por quê? — perguntou mais uma vez.

— Porque quem brilha geralmente não liga pra quem não consegue — respondeu-o, dando um carinho nos cabelos de Hajun. — Foram incontáveis noites sendo um telespectador, tentando encontrar positividade em simplesmente sentar e assistir tudo aquilo como se fosse a última vez. Ele deitou na grama e fechou os olhos, ali dormiu e sonhou que brilhava mais que todo mundo, sonhou que poderia brincar com os outros em uma noite estrelada, em todas as noites que se sucederiam dali em diante.

Como ser o Homem-Aranha - Minsung [em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora