Uma aglomeração de pessoas surgiu de repente quando o assassino finalmente foi apreendido pelos policiais.
Tudo aconteceu rápido para compreender direito, o assassino foi pego logo no mesmo, isso não acontece sempre, não é?
Com certeza isso não se vê todo dia aqui, também achou Henry. E como diabos Karl conseguiu fazer aquilo? Isso é totalmente insan... Alguém interrompeu os pensamentos de Henry ao tocar no seu ombro. Era Hank.
- Você viu Karl por aí?
- Ele já foi. - Respondeu Henry, um pouco decepcionado. - Eu queria saber como... fez aquilo agora pouco, foi muito...
- Insano. - Completou Hank, rindo, um pouco ofegante ainda. - Faz mais de 30 anos que trabalho e nunca presenciei uma perseguição desse tipo. Perseguir um cara fugindo pela tubulação de ar? - Hank riu mais ainda. - Pelo jeito... ainda não vi de tudo nessa vida.
- Digo o mesmo. - Concordou Henry, rindo também. - Mas eu me pergunto como... - Interrompeu Henry o riso. - Como Karl conseguiu acertar nele de maneira tão precisa se não dava para ver através da tubulação? - A voz de Henry soava intrigada.
Hank estreitou os olhos, assimilando o que Henry queria dizer, após entender o que Henry estava querendo dizer, sorriu.
- Não. - Afirmou Hank. - Só uma sorte daquelas que acontece uma vez na vida.
Henry não escutou Hank, mas não quis cogitar sobre a sua ideia em sua cabeça, ainda tem muito trabalho hoje ainda. O detetive assentiu e olhou para o sol do meio dia.
Talvez esta cidade possa começar a parecer menos pequena agora, imaginou Henry, deixando a esperança escapar para o seu rosto, fazendo ele esboçar um sorriso.
* * *
As memórias mais profundas e tristes são aquelas que te acompanha sutilmente todo dia como uma sombra.
. . .
O sol se despedia aos poucos na cidade, enquanto a lua estava dando boas vindas. Os seus passos estavam relutantes indo até em seu carro, mas determinados, não conseguia parar de imaginar o quanto que ainda vem pela frente.
Primeiro dia de detetive, e já é o primeiro dia que largo o trabalho cedo, pensou Henry entusiasmado, com certeza é um bom começo.
Estacionou o carro na garagem e olhou para o relógio, 09:52 PM. Henry sorriu, Caramba, bati o meu recorde em chegar em casa cedo depois do trabalho. Saiu da garagem e foi até a porta, ansioso pela reação da filha chegar cedo.
Henry abriu a porta e...
- Ninguém? - Indagou Henry, até que lembrou que a sua filha estava na casa da mãe de Margaret, esperando Margaret chegar do hospital e depois levá-la para casa. - Elas nem sequer imaginaram que eu poderia chegar cedo hoje.
Adentrou pela casa, chegou na sala de estar e acendeu as luzes. Ao acender, acabou se deparando com a papelada sobre a mesa e mais outras na poltrona, todas espalhadas. Se frustrou ao se deparar com isso novamente.
- Preciso tirar isso logo do meu campo de visão.
Tirou o sobretudo do terno e jogou no sofá, arregaçou as mangas e se apressou em arrumar tudo. Enquanto guardava os arquivos, ouviu gotas da chuva pinicando a janela e o som de trovões distantes vindo.
Henry suspirou, que vibe, pensou ao acabar pegando o último arquivo, não pôde evitar em ler ele de novo:
Arquivo n°471
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Mistérios Às Cegas
Mystery / ThrillerMuitos casos para uma única e pequena cidade, então porque não investigar todos eles? É isso que o povo deseja mas há pouca polícia na cidade, ocupadas resolvendo outros crimes. Henry viu isso, e teve uma grande ideia: '' E si eu investigar? '' Hen...