Propício ao erro.6

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Park Jimin.

Ser cercado a vida inteira por desastres, me tornou maduro cedo demais.

Posso reclamar a cada ocasião que me surge, tudo a minha volta sendo tomado por cores neutras.

Meus pais se separaram assim que completei dois anos, desde então, tudo dali, foi mil aventuras e terrores pela minha jornada.

procurando abrigo, algum lugar para dormir, sentindo ser um erro no mundo, sendo rebaixado e humilhado todos os dias, por todos.

as vezes paro pra pensar, como as pessoas conseguem guardar tanta raiva e ódio dentro de si, e despejar sob pessoas, que não as fizeram nenhum mal.

tendo todos os dias, que sobreviver, meu pai se separou de minha mãe e todos os dias se encontrava em algum bar, boate ou festa, bebendo até ficar porre de álcool.

se enchendo de bebidas, e transando qualquer mulher a sua frente, minha mãe por outro lado, a pessoa com quem eu tive que sobreviver pra viver abaixo do mesmo teto.

se juntava com homens, que tentavam por tudo me abusar, tocar ou assediar, foram noites difíceis, as quais não dormir, pra poder me sentir pelo menos um pouco seguro.

e mesmo que eu pensasse em avisá-la, sobre tais atos, a mesma parecia por um pano sobre seus olhos, e fingir não ver a forma como me olhavam com malícia.

as frases de duplo sentido, e a forma estranha nas atitudes, ela preferia não enxergar a realidade.

com dez anos, fui expulso por minha própria mãe, o namorado dela, fez a cabeça dela, disse que eu era interesseiro, e que na primeira oportunidade roubaria o dinheiro dela.

sem rumo, sem saber pra onde ir, comecei a correr por uma rua, sem fim, e me escondia em um túnel repleto de escuridão.

me determinei a procurar um emprego, fazer faxina na casa de alguém, para conseguir um pouco de grana, um tanto que fosse pra me alimentar.

com dificuldade, esforço e o tempo, uma família grande, me contratou pra fazer limpeza na cozinha e no quintal.

com o trato de me dar um quarto, café da manhã, almoço e janta, eu ainda agradeço aquela minha patroa.

sua gentileza, era incomparável, ela tinha um belo sorriso, tinha seu marido, que a tratava com muito carinho e amor.

eles transbordaram felicidade, e lealdade, todas as noites, depois de terminar meu expediente, ia pro meu quarto e chorava.

queria poder sentir o mesmo, algum lugar que pudesse ser minha casa, meu lar e meu refúgio.

minha patroa, nos almoços que, às vezes me convidava para jantar na mesa com eles.

pela timidez e vergonha, negava e os deixava comer em união, talvez por que eu não fosse parte daquele família.

eu ganhava um salário médio, o que era suficiente pra me sustentar, e comprar roupas novas.

criei uma poupança pra mim mesmo, assim que completei os dezoito anos, e comecei a guardar dinheiro.

pra assim que completasse vinte, pudesse pedir demissão e ir comprar um apartamento e pagar uma faculdade.

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